Investidores estão avaliando a Stripe, empresa norte-americana de pagamentos online, em US$ 115 bilhões com base em possíveis transações do mercado secundário, no qual ações de uma companhia privada são vendidas após terem sido emitidas pela primeira vez. Essa avaliação mais do que triplicou em relação aos US$ 36 bilhões de abril, quando a empresa captou dinheiro de companhias de capital de risco como Andreessen Horowitz, General Catalyst e Sequoia.
A Stripe também estaria planejando uma nova rodada de financiamento primário que elevaria seu valor para US$ 100 bilhões, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto. Procurada, a empresa não quis comentar.
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A companhia de São Francisco foi fundada pelos irmãos irlandeses Patrick e John Collison em 2010. Ela ajuda pequenos e grandes negócios – incluindo a Peleton, fabricante de equipamentos de ginástica, e a plataforma de comércio eletrônico canadense Shopify – a aceitarem pagamentos online, cobrando uma taxa por transação. À medida que a Covid-19 tem acelerado mudanças no comportamento dos consumidores em direção às compras online, a Stripe e seus concorrentes também viram a demanda por seus serviços aumentar.
A Adyen, sediada na Holanda, é a concorrente mais próxima da Stripe e conta com a Netflix como cliente. Suas ações tiveram um salto de 150% no ano passado, levando a avaliação da empresa a US$ 66 bilhões. As ações do PayPal também subiram muito – a companhia concorre com a Stripe no serviço de processamento de pagamentos da Braintree, comprado em 2013. O negócio dos irmãos irlandeses tem tamanho similar ao da Adyen e da Braintree, estima Lisa Ellis, sócia e analista sênior da empresa de pesquisa de investimentos MoffettNathanson. Mas provavelmente a Stripe está crescendo mais rápido, e suas parcerias com a Shopify e Amazon lhe dão uma vantagem competitiva, diz a especialista.
Juntas, Adyen, Paypal e Stripe correspondem a 10% de todo o pagamento processado globalmente. Ainda assim, são pequenas quando comparadas às mais antigas e maduras empresas de processamento, como a FIS, na Flórida, Fiserv, em Wisconsin, Atlanta’s Global Payments e JPMorgan Chase, que possuem 40% da participação de mercado. (Os restantes 50% das transações globais são processados por companhias locais e bancos regionais.)
Lisa estima que, em 2019, a Stripe processou entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões em transações e cresceu cerca de 50% em 2020. Mas o que ela pensa sobre a avaliação de US$115 bilhões? “É uma loucura, assim como todas as avaliações privadas são uma loucura hoje em dia para qualquer coisa relacionada às fintechs”, diz. Mas, dada sua posição competitiva, “não é totalmente insano”.
Nos últimos 12 meses, as avaliações de fintechs dispararam. Empresas como Robinhood, Affirm e Bill.com viram seus valores triplicarem. A Stripe está entre as várias empresas que, segundo rumores, abrirão o capital em algum momento ao longo deste ano.
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