O acordo de R$ 37,69 bilhões da mineradora Vale com autoridades de Minas Gerais para reparações relacionadas ao desastre de Brumadinho é positivo para a avaliação de crédito da empresa, por resolver incertezas quanto uma disputa judicial por danos coletivos gerados pelo incidente, disse a agência de classificação de riscos Moody’s hoje (5).
Em nota, a Moody’s destacou que a Vale possui uma alavancagem muito baixa e forte liquidez, o que faz com que os pagamentos remanescentes em dinheiro referentes ao acerto possam ser realizados sem impactar métricas-chave de crédito.
A agência disse ainda que o rating que atribui à Vale não foi impactado, acrescentando que a empresa precisa ainda apresentar um histórico de forte controle de riscos e governança ambiental.
A Moody’s disse esperar que a Vale realize a maior parte dos pagamentos do acordo nos próximos dois ou três anos, citando o foco da companhia na reparação dos danos.
Embora o acerto com autoridades não inclua pedidos de indenização individual pelo desastre, que deixou centenas de vítimas, a Moody´s disse estimar que isso não terá maior impacto sobre a empresa, uma vez que ela já assinou um número significativo de acordos individuais, com mais de 9 mil pessoas.
“Não esperamos quaisquer desembolsos materiais relacionados a acordos individuais além dos valores já provisionados”, afirmou a agência de risco.
A Moody´s também não espera efeitos significativos sobre a liquidez da companhia devido aos pagamentos esperados associados diretamente com Brumadinho.
O acordo da Vale com as autoridades mineiras foi anunciado na quinta, pouco mais de dois anos depois do colapso de uma barragem de rejeitos da companhia em Brumadinho, que causou cerca de 270 mortes e impactos ambientais. (Com Reuters)
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