A São Martinho reportou lucro líquido de R$ 272 milhões no terceiro trimestre da safra 2020/21, encerrado em dezembro, um recuo de 20,6% ante o mesmo período do ciclo anterior, informou a companhia em balanço financeiro ontem (8).
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado atingiu R$ 651,6 milhões no mesmo período, alta 20,3% no comparativo anual. “A melhora do indicador (Ebitda) reflete, principalmente, o melhor preço médio de comercialização do açúcar (+22%) e etanol (+7%), além do maior volume de vendas de açúcar no período(+10%)”, afirmou a empresa.
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A receita líquida da São Martinho alcançou R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre fiscal, aumento de 17,8% no ano a ano. Do total, o faturamento com açúcar cresceu 33,7%, para R4 406,9 milhões, enquanto a receita com etanol subiu 7,7%, para R$ 698,1 milhões.
No acumulado da temporada, a receita da companhia com açúcar somou R$ 1,3 bilhão, um salto de 79,4%. Além dos volumes e preços melhores, a empresa destacou que o aumento no mix de produção açucareiro contribuiu para o resultado.
O percentual de matéria-prima destinado para a fabricação do adoçante aumentou 10% no acumulado da safra 2020/21, em relação ao mesmo período do ciclo anterior, para 47%. A produção de açúcar avançou 34,1%, para 1,4 milhão de toneladas, ao passo que a fabricação de etanol caiu 13,1%, para 1 bilhão de litros.
Quanto às fixações, em 31 de dezembro de 2020 a empresa havia fixado preço de açúcar para aproximadamente 332 mil toneladas para o quarto trimestre desta safra, o que representa cerca de 85% da cana própria, a um preço de R$ 1.505 mil por tonelada.
“O preço internacional de açúcar em dólar apresentou uma forte recuperação ao longo da safra 20/21, impulsionado pela expectativa de menor volume de moagem de cana no Brasil na safra 21/22, pelo atraso no início da safra na Tailândia, e pela possível redução da produção de açúcar na União Europeia, atrelado com um cenário favorável de retomada da demanda pelo produto ao longo dos próximos meses”.
Para a safra 2021/22, as fixações totalizavam cerca de 703 mil toneladas de açúcar, o que representa 61% da cana própria, a um preço de R$ 1.530 mil por tonelada. Para a temporada de 2022/23, as fixações da São Martinho totalizavam 100 mil toneladas do adoçante, o que significa 9% da cana própria, a um preço de R$ 1.745 por tonelada.
A empresa ainda disse que nos nove primeiros meses de 2020/21 foram processados 22,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, uma redução de 0,5% no comparativo anual, em decorrência do clima mais seco observado no período. (com Reuters)
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