A XP elevou sua projeção para a inflação este ano diante da depreciação do real e do aumento dos preços das commodities, e passou a ver a alta do IPCA acima do centro da meta oficial.
De acordo com relatório, a XP agora calcula a alta do IPCA em 3,9% em 2021, de 3,5% antes, acima do centro da meta do governo de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5% acima ou abaixo. Segundo a XP, o ajuste se deve, principalmente, a uma revisão nas projeções para os grupos: alimentação no domicílio (de 3,6% para 5,0%), serviços (de 2,1% para 2,3%), semiduráveis (de 3,5% para 3,8%) e duráveis (de 3,7% para 4,0%).
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Diante disso, a expectativa é de queda de 4,4% do Produto Interno Bruto em 2020, e uma recuperação de 3,4% em 2021 e de 2,0% em 2022.
“O arrefecimento (da inflação) que esperávamos para o início do ano foi revertido pela taxa de câmbio depreciada e pela alta adicional dos preços das commodities. Este choque soma-se às pressões em bens de consumo duráveis e semi-duráveis observadas desde o ano passado, resultado da alta dos custos de produção e do descompasso entre oferta e demanda no setor”, explicou a XP.
O relatório destaca ainda que a indicação de que o auxílio emergencial será renovado suaviza a esperada desaceleração da demanda agregada no primeiro semestre, e reduz também seu efeito desinflacionário.
A XP destacou que os indicadores de demanda mostram desaceleração desde o fim do ano passado e que o cenário não deve melhorar no início de 2021, ressaltando a queda na confiança do consumidor e do empresário e a interrupção no pagamento do auxílio emergencial, ainda que ele seja restabelecido. (com Reuters)
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