As ações da DraftKings decolaram ontem (10) após uma previsão otimista que impressionou Wall Street e transformou o cofundador e CEO, Jason Robins, em um bilionário, segundo a Forbes. O aumento também elevou a fortuna dos dois outros cofundadores para cerca de US$ 500 milhões cada.
As ações da empresa de daily fantasy e apostas esportivas saltaram mais de 11% e fecharam em US$ 69,29 após uma apresentação para investidores na última terça (9). A empresa aumentou sua projeção de receita líquida de longo prazo de US$ 3,7 bilhões para US$ 5,4 bilhões, enquanto as metas de Ebitda aumentaram de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,7 bilhão. A notícia seguiu um quarto trimestre incrível, que viu os usuários mensais saltarem de 500 mil para 1,5 milhão em relação ao trimestre anterior. No quarto trimestre do ano, a DraftKings relatou receita de US$ 322 milhões, um aumento de 146% em relação aos US$ 131 milhões no ano anterior.
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Com a recente alta nas ações da DraftKings, Robins, de 40 anos, tem um patrimônio líquido de US$ 1,1 bilhão, segundo os cálculos da Forbes. Essa fortuna o torna o segundo bilionário da empresa, depois do empresário israelense Shalom Meckenzie. Robins fundou a DraftKings em 2011 com Matthew Kalish e Paul Liberman, que se conheceram enquanto trabalhavam na empresa de marketing Vistaprint. Kalish detém uma participação na empresa de 1,8%, o que equivale a cerca de US$ 500 milhões e Liberman tem uma participação de 2% no valor de US $550 milhões.
A empresa não quis comentar os acontecimentos.
Meckenzie se tornou um novo bilionário em maio de 2020, após outro aumento nas ações. Em 2007, ele fundou o provedor de tecnologia de jogos de azar SBTech. A empresa fazia parte do acordo spac com a empresa Diamond Eagle Acquisition Corp. para abrir o capital da DraftKings em abril do ano passado. Meckenzie tem um assento no conselho da DraftKings e é um dos maiores acionistas da empresa, com uma fortuna estimada em US$ 2 bilhões.
A DraftKings foi criada como uma loja de esportes de daily fantasy e foi resultado da paixão de Robins pelo setor. “Eu já estive em 100 ligas de daily fantasy diferentes”, disse ele à Forbes em novembro de 2020. Funcionando do quarto de hóspedes de seu cofundador, a DraftKings começou a levantar capital e ganhar impulso, até que fechou acordos com ESPN, MLB e NHL.
Depois de um desafio regulatório do procurador-geral de Nova York Eric Schneiderman em 2015 e uma fusão fracassada com a FanDuel em 2017, Robins e seus companheiros direcionaram a maior parte de seus recursos para jogos de azar esportivos. Em 2018, a DraftKings lançou as primeiras apostas esportivas online fora de Nevada, em Nova Jersey.
A empresa se beneficiou de um aumento na demanda depois que a Suprema Corte dos EUA declarou a Lei de Proteção ao Esporte Profissional e Amador inconstitucional em maio de 2018. Desde então, 20 estados e Washington legalizaram jogos de azar esportivos, enquanto outros cinco aprovaram leis, mas ainda não lançaram operações. A DraftKings estima que o mercado total de apostas esportivas online dos EUA representa uma oportunidade de US$ 22 bilhões em 100% de legalização, segundo a apresentação organizada pela empresa.
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A fusão tipo spac ocorreu em meio à pandemia do coronavírus, apesar de não haver praticamente nenhum esporte ao vivo em que apostar. As ações dispararam cerca de 250% desde então. Robins, que arrecadou cerca de US$ 54 milhões vendendo ações em 2020, ainda detém uma participação de cerca de 4% e mais de 11 milhões de opções.
A projeção da empresa está alinhada à disseminação de apostas legais, que estão sendo consideradas na Califórnia, Texas, Flórida e Nova York, que abrigam mais de 100 milhões de pessoas.
“Isso é cerca de 60% do mercado de apostas esportivas nos Estados Unidos”, afirma Jeff Ifrah, sócio-fundador da Ifrah LLC. “O prêmio inteiro seria conseguir acesso a Nova York, Flórida, Texas e Califórnia. Esses quatro estados vão fazer a diferença. Quem quer que obtenha esses quatro estados estará claramente no comando.”
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