A confiança do consumidor brasileiro apresentou queda em março a uma mínima em dez meses, de acordo com dados informados hoje (23) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), como resultado do recrudescimento da pandemia e do estresse do sistema de saúde nacional.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 9,8 pontos em março, para 68,2 pontos, mínima desde maio de 2020, quando teve leitura de 62,1. A piora da percepção dos consumidores ocorreu tanto em relação ao momento presente quanto em relação os próximos meses. O Índice de Situação Atual caiu 5,5 pontos, para 64 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) perdeu 12,3 pontos, para 72,5 pontos.
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“A forte queda da confiança dos consumidores é resultado do recrudescimento da pandemia de Covid-19 em todo o país e do colapso do sistema de saúde em várias cidades”, explicou em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt.
“A campanha de imunização no país segue lenta, enquanto o número de hospitalizações e mortes por dia avança rapidamente, levando Estados e municípios a adotar medidas de restrição à circulação de pessoas.”
Para ela, os consumidores percebem a piora da situação econômica atual como sério risco ao emprego e à renda, o que vem num contexto de forte impacto psicológico em meio ao medo de contágio e à necessidade de manter o isolamento social.
O Brasil registrou ontem (22) 1.383 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 295.425, informou o Ministério da Saúde. Também foram contabilizados 49.293 novos casos de coronavírus, com o total de infecções no país avançando para mais de 12 milhões. (com Reuters)
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