O Forbes Radar de hoje (12) traz os resultados trimestrais da Energisa, com lucro líquido de R$ 192 milhões no último trimestre de 2020, queda de 45,6% em relação ao mesmo trimestre de 2019. Já a Copel anunciou ontem a aprovação de uma reforma em seu estatuto social prevendo, entre outras mudanças, o desdobramento de ações e formação de Units.
Veja estas e outras notícias de negócios do dia:
Energisa (ENGI11)
A Energisa teve lucro líquido de R$ 192 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 45,6% ante mesmo período de 2019, impactada pela piora em seu resultado financeiro, embora sem efeitos no caixa. Desconsiderado esse fator e outros itens não-recorrentes, o lucro somou R$ 313,3 milhões, com salto de 87,2% na comparação anual, disse a elétrica.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,12 bilhão no trimestre, avanço de 15,7% na comparação anual. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,22 bilhão, alta de 16,1%.
No ano completo de 2020, a Energisa apurou lucro de R$ 1,6 bilhão, avanço de 204,9% ano a ano, enquanto o Ebitda teve aumento de 12,3% na mesma base, para R$ 3,9 bilhões.
Com negócios em distribuição, transmissão e geração de energia, a empresa somou receita operacional líquida de R$ 5,57 bilhões de outubro a dezembro, alta de 25,2% ano a ano. O resultado financeiro foi negativo em R$ 495,7 milhões, contra prejuízo de R$ 231,4 milhões no quatro trimestre de 2019.
Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux registrou lucro líquido de aproximandamente R$ 9 milhões no quarto trimestre de 2020, uma forte queda comparado com 2019 que era R$ 31 milhões. Já o lucro líquido anual passou de R$ 99 milhões em 2019 para R$ 104 milhões em 2020.
As vendas aumentaram 49,8% ante o quarto trimestre de 2019, passando de R$ 204 milhões para R$ 305 milhões, e 0,2% em relação aos três meses anteriores, quando foram de R$ 304 milhões. No acumulado de 2020, foram R$ 779 milhões, contra R$ 762 milhões em 2019 (+2,2%).
A companhia fez seis lançamentos no quarto trimestre de 2020, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 516 milhões, representando crescimento de 517,1% sobre os R$ 84 milhões de igual período de 2019 (um lançamento) e 87,8% na comparação com os 3T20 (R$ 275 milhões, relativos a quatro projetos). No acumulado do ano, foram dez novos empreendimentos, com VGV de R$ 791 milhões. O valor é 107,1% maior do que os R$ 382 milhões de 2019, referentes a quatro lançamentos.
BRF (BRFS3)
A BRF comunicou ontem (11) que foram assinados os primeiros contratos do convênio entre a companhia e o Banco do Brasil, que prevê a disponibilização de até R$ 200 milhões para produtores integrados investirem em eficiência energética.
Os recursos serão destinados ao financiamento da instalação de painéis de energia solar nas granjas e adequações ambientais nas propriedades dos produtores integrados da empresa.
“A BRF estabeleceu como meta ampliar em 50% a autoprodução de energia elétrica provenientes de fontes limpas ou renováveis nos próximos 10 anos e a assinatura do convênio representa mais um passo nesta direção”, afirmou a companhia em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Locaweb (LWSA3)
O fundo soberano do governo de Cingapura reduziu sua participação acionária na Locaweb para 4,85%, passando a deter 28 milhões de ações da empresa.
De forma agregada, a participação passou a ser 5,182% do capital social da companhia, totalizando 30 milhões de ações ordinárias da empresa brasileira.
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Copel (CPLE6)
A Copel aprovou ontem (11) uma proposta de reforma de seu estatuto social. O novo estatuto prevê o desdobramento de ações da companhia, na proporção de 1 para 10 papéis, e a formação de Units, composta por uma ação ordinária e quatro preferenciais classe B.
As ações resultantes do desdobramento conferirão aos titulares os mesmos direitos das existentes, inclusive em relação aos dividendos ou juros sobre capital próprio, entre outras remunerações distribuídas, informou a companhia.
O documento também prevê a adesão da companhia ao Nível 2 de governança corporativa da B3. Esse movimento, no entanto, está condicionado à realização de uma oferta secundária de ações na qual o governo do Paraná venderia parte de sua fatia na empresa.
Além disso, o número de membros eleitos por acionistas não controladores no conselho de administração da empresa passará de 2 para 3.
O estatuto prevê ainda uma garantia de que o dispositivo que obriga a empresa a aplicar integralmente os reajustes tarifários aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não poderá ser alterado ou excluído sem aprovação de maioria dos acionistas detentores de ações preferenciais.
Athena
A Athena, empresa de saúde suplementar controlada pelo Pátria Investimentos, pediu ontem (11) registro para realizar uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês).
Criada em 2017, a Athena se apresenta como uma das maiores empresas de saúde suplementar do país e tem 5 operadoras, 24 clínicas, 7 pronto atendimentos e 9 hospitais.
No fim de 2020, a Athena tinha uma carteira de 708,4 mil beneficiários de planos de saúde ou odontológicos, crescimento de 374,5% em três anos, resultado da combinação de expansão orgânica e de aquisições.
A companhia diz que seu modelo verticalizado de negócios e sua concentração geográfica fora do eixo Rio-São Paulo são fatores de vantagem comparativa. A Athena se concentra nos Estados do Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Paraná. No ano passado, teve receita líquida de R$ 1,359 bilhão, alta de 23,6% em relação ao ano anterior, com a margem Ebitda subindo de 7,4% para 9,5%.
“Possuímos uma vasta gama de potenciais aquisições já mapeadas”, afirma a Athena no prospecto preliminar da oferta, que será coordenada por Bank of America, XP, Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e ABC Brasil.
Tenda (TEND3)
O lucro líquido trimestral da Tenda no quarto trimestre de 2020 foi R$ 72 milhões, um crescimento de 2,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2020. Já o lucro líquido de 2020 ficou em R$ 200,3 milhões, uma queda de 24% em relação a 2019 (R$ 263,5 milhões). A redução é devido ao consumo da tenda de R$ 54,3 milhões de caixa operacional como estratégia de acelerar atividades em algumas obras como saída para evitar reajustes de preços em 2021
O Ebitda ajustado no último trimestre do ano passado ficou em R$ 112,8 milhões, o que no 3T20 era R$ 111,4 milhões. Já o Ebitda anual de 2020 ficou em R$ 338,7 milhões, uma queda de 4,2% em comparação com o ano anterior (R$ 353,5 milhões).
A receita líquida ficou em R$ 685,9 milhões, um crescimento de 26,3%. Com o aumento nos custos de materiais de construção, a margem bruta da companhia caiu para 30,5% no último trimestre de 2020.
BR Distribuidora (BRDT3)
A BR Distribuidora informou ontem (11) que concluiu a venda de sua participação nas empresas Pecém Energia e Energética Camaçari Muricy II para a CH4 Energia, sociedade brasileira controlada pela Fortress Energy.
Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras informou que a divulgação dos resultados da companhia no ano completo de 2020 foi postergada para 15 de março, após ter sido prevista anteriormente para dia 12.
“O adiamento se deu em razão do processo de conclusão e revisão das demonstrações financeiras não estar finalizado e apto para deliberação dos órgãos de administração da companhia, em especial quanto ao momento da pandemia do Covid 19”, afirmou no fim da tarde de ontem.
Stone (STNE)
A processadora de pagamentos Stone divulgou ontem (11) lucro líquido ajustado de R$ 357,8 milhões para o quarto trimestre, alta de 30,1% sobre um ano antes.
A receita total da empresa subiu 27,9%, para R$ 1 bilhão, enquanto o número de clientes ativos avançou 35,7%, para 652,6 mil.
A companhia afirmou no balanço que espera superar a marca de 1 milhão de clientes ativos em 2021 e que a receita total tenha “aceleração significativa” em relação a 2020.
Enquanto isso, a Stone espera que a margem líquida ajustada seja similar ao nível de 2020, de 28,9%. No quarto trimestre, o indicador foi de 35,7%, recorde para a empresa.
Vale (VALE3)
O novo conselho da mineradora Vale, cujos 12 nomes foram aprovados pelo atual colegiado, terá sete membros com ampla experiência em sustentabilidade, além de oito considerados independentes, dentre outras inovações, no que promete ser a maior mudança do órgão administrativo desde que a companhia se tornou privada, em 1997.
A eleição dos indicados para o período de 2021 a 2023 será feita pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária, em 30 de abril, e representa um marco no processo de transformação da Vale numa corporação de capital disperso.
Um 13º integrante do colegiado será indicado pelos empregados da Vale em votação separada.
O avanço da experiência em sustentabilidade, e a ênfase dada ao tema com a criação recente de uma diretoria exclusiva, ocorre após um amplo trabalho que vem sendo anunciado pela Vale em busca do estabelecimento de um novo pacto com a sociedade, depois de ter ficado em evidência em dois dos maiores desastres socioambientais do país, com o rompimento mortal de barragens nos últimos anos.
Entre aqueles com “sólidos” ou “notórios” conhecimentos em sustentabilidade, segundo a Vale, estão os seguintes indicados: José Luciano Penido, Fernando Buso, Elaine Dorward-King, José Maurício Coelho, Maria Fernanda Teixeira, Ollie Oliveira e Sandra Guerra.
Os nomes foram indicados por um comitê de nomeação integrado pelos executivos Pedro Parente e Alexandre Silva, ambos sem vínculo com a Vale, além de José Maurício Coelho, atual presidente do conselho. A Vale pontuou que foram feitas mais de 140 reuniões com acionistas da Vale, especialistas internacionais, empresas de recursos humanos e os candidatos, entre outros.
Segundo a Vale, o comitê entendeu que a recondução de certo número de membros seria desejável ao avaliar que o colegiado passou por um processo recente de renovação nas duas últimas assembleias, com a incorporação de nove membros novos, e para garantir que o conselho possa operar sem riscos à continuidade dos negócios. Mas outras alterações estruturais foram feitas.
Dos 12 indicados, cinco são novos integrantes. Entre eles estão quatro estrangeiros, como Clinton Dines (ex-CEO da BHP Billiton na China), Elaine Dorward-King (ex-head de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Rio Tinto), Ken Yasuhara (ex-diretor da Mitsui e da Sumitomo no Brasil), e Ollie Oliveira (ex-executivo das mineradoras Anglo American e DeBeers).
A nova indicada brasileira é Maria Fernanda Teixeira, que além de ter ocupado altos cargos de direção e conselhos de grandes empresas da indústria de tecnologia da informação, foi fundadora do Grupo Mulheres Executivas de São Paulo e membro do Conselho de Diversidade e Desenvolvimento do Banco Mundial.
Vale destacar que o colegiado também não será mais presidido por um integrante da Previ, o que vinha acontecendo há cerca de uma década. O atual presidente do fundo, José Maurício Coelho, ainda será conselheiro, mas a principal cadeira do colegiado deverá ser liderada pelo membro independente José Duarte Penido.
Em 5 de março, o conselheiro não independente Fernando Buso Gomes enviou e-mail ao comitê de nomeação declinando de uma possível indicação à presidência por razões pessoais e se colocando à disposição para o cargo de vice-presidente, conforme foi aprovado.
(Com Reuters)
- Wilson Sons (WSON33) – 12 de março
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