O Goldman Sachs disse hoje (10) que vai investir mais de US$ 10 bilhões em uma iniciativa para melhorar a situação econômica das mulheres negras na próxima década. Esse é o mais recente esforço de Wall Street para lidar com a equidade, já que o setor financeiro está sob pressão em meio a um acerto de contas racial nos Estados Unidos.
O banco disse que a iniciativa enfrentaria o “preconceito desproporcional de gênero e raça que as mulheres negras enfrentam há gerações, o que só foi ainda mais exacerbado pela pandemia”.
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Por meio de investimentos na criação de empregos, habitação, saúde, educação e acesso ao capital, a iniciativa visa impactar um milhão de mulheres negras até 2030. Além disso, promete reservar US$ 100 milhões para causas filantrópicas voltadas para mulheres negras.
Como um setor que há muito é dominado por homens brancos, Wall Street tem enfrentado um escrutínio cada vez maior sobre seu histórico de diversidade nos últimos anos. Esse sentimento cresceu significativamente desde que os protestos raciais eclodiram no ano passado por conta de George Floyd, um homem negro que morreu quando um policial de Minneapolis se ajoelhou em seu pescoço. Os bancos norte-americanos contribuíram para a desigualdade durante anos por meio de políticas agora ilegais, como redlining, nas quais se recusavam a investir em bairros de baixa renda, principalmente com alta moradia da população negra.
Outros grandes bancos dos EUA se comprometeram no ano passado a injetar bilhões de dólares em esforços de equidade racial, especialmente porque os estudos continuaram a mostrar que as comunidades minoritárias foram duramente atingidas pela pandemia de Covid-19 e seus efeitos na economia. O JPMorgan Chase anunciou em outubro que investirá US$ 30 bilhões nos próximos cinco anos para fornecer recursos para empresas pertencentes a minorias e aumentar o acesso a empréstimos imobiliários e outros recursos financeiros para negros e latino-americanos.
Em junho, o Bank of America disse que aplicaria US$ 1 bilhão em um esforço para expandir as oportunidades econômicas nas comunidades negras por meio de assistência médica, empregos, apoio a pequenas empresas e moradias populares. “Nós nos concentramos nessas áreas porque é onde existem lacunas sistêmicas de longo prazo e onde mudanças significativas são necessárias para que o progresso ocorra e seja sustentado”, diz Vanassa Cook, vice-presidente sênior de relações com a mídia do Bank of America, em um comunicado à Forbes.
O Morgan Stanley – que enfrentou dois processos de discriminação racial nos últimos anos e negou qualquer irregularidade – disse que deu US$ 5 milhões ao Fundo de Defesa Legal e Educação da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) “em resposta à injustiça racial”. O banco também gastou US$ 25 milhões para lançar uma iniciativa “responsável por definir políticas, implementar métricas e supervisionar a orientação, o desenvolvimento e a promoção de diversos funcionários, impulsionando a mudança externamente”.
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