Negociações que envolveram opções de venda de ações da Petrobras em meados de fevereiro e levaram à abertura de investigação pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por suspeitas de uso de informação privilegiada não foram levadas ao vencimento, disse a autarquia após análises iniciais.
A associação que representa investidores minoritários, Abradin, havia pedido apuração da CVM sobre transações que aparentemente apostavam na queda das ações da estatal e foram registradas antes da divulgação pública de que o governo havia decidido substituir o presidente da Petrobras.
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Um representante da Abradin havia estimado que as negociações poderiam ter gerado lucro de cerca de R$ 18 milhões e apontou preocupações sobre suposto uso de informações privilegiadas.
A CVM disse que “ao menos as informações divulgadas em relação ao resultado financeiro da operação não foram detectadas”, uma vez que as operações não foram levadas ao vencimento.
“A CVM informa, ainda, que estão em andamento as análises para a identificação de todas as operações com indícios de utilização de informação relevante não divulgada envolvendo ativos e derivativos relacionados à Petrobras no período indicado”, acrescentou, em comunicado publicado em seu site.
A CVM havia aberto uma investigação para investigar o uso de informação privilegiada em operações envolvendo ações da Petrobras nos dias 18 e 19 de fevereiro.
A entidade também abriu processos para apurar o eventual cumprimento de obrigações pelo governo, como controlador da Petrobras, no momento do anúncio da futura mudança na gestão da estatal.
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A indicação do general da reserva Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras foi divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro em mensagem nas redes sociais e só depois comunicada pela Petrobras a acionistas e à CVM.
A CVM também tem processo aberto para verificação do enquadramento do currículo de Luna em requisitos previstos na Lei das Estatais, que traz exigências mínimas para administradores de empresas públicas, segundo o comunicado. (Com Reuters)
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