O chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, reiterou sua promessa de manter o crédito livre e fluindo até que os norte-americanos voltem ao trabalho, refutando investidores que duvidaram abertamente de que ele possa cumprir esse compromisso assim que a pandemia passar e a economia crescer por conta própria.
Com as vacinas sendo distribuídas e as torneiras fiscais do governo abertas, “há boas razões para pensar que faremos mais progresso em breve” em direção às metas do Fed de pleno emprego e inflação sustentada de 2%, disse Powell em um fórum do Wall Street Journal hoje (4).
Mas, “mesmo se isso acontecer, levará um tempo substancial… Queremos mercados de trabalho consistentes com nossa avaliação de pleno emprego”, disse Powell em referência às esperanças de não apenas uma baixa taxa de desemprego, mas também de salários e ganhos de empregos que fluam para as minorias e outras pessoas frequentemente deixadas de fora dos primeiros estágios de uma recuperação econômica.
“Quero deixar isso claro”, disse Powell. Mesmo quando as condições melhorarem, “espero que sejamos pacientes”.
Seus comentários – provavelmente os últimos antes de uma coletiva de imprensa em 17 de março após a próxima reunião de política do Fed – deixaram de lado a preocupação de que uma recente alta nos rendimentos dos Treasuries possa indicar problemas para o Fed, ao mesmo tempo que investidores têm elevado os custos de empréstimos que o banco central quer manter baixos.
Embora Powell tenha dito que o aumento foi “notável e chamou minha atenção”, ele não o considerou um movimento “desordenado” ou que tenha empurrado as taxas de longo prazo a patamares tão altos a ponto de o Fed ter de intervir para derrubá-las – por exemplo, via aumento dos atuais US$ 120 bilhões em compras mensais de títulos.
“Nossa atual posição de política é apropriada”, disse. (Com Reuters)
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