O ranking dos Bilionários do Mundo 2021, divulgado na última terça-feira (6) pela Forbes, revelou 10 novos brasileiros no clube dos sete dígitos. Juntos, os novatos detêm um patrimônio consolidado de US$ 21,2 bilhões, 9,5% da fortuna total dos 67 brasileiros, de US$ 223,3 bilhões.
Ao contrário dos anos anteriores, a nova edição da lista considerou o país de domicílio dos bilionários. Por este motivo, David Vélez, cofundador do Nubank, aparece no recorte Brasil mesmo tendo nascido na Colômbia. Com uma fortuna de US$ 5,2 bilhões e a 539ª posição no ranking geral, o executivo fundou o banco digital em território brasileiro em 2013, ao lado de Cristina Junqueira e do norte-americano Edward Wible, mas já morava no Brasil antes disso. Há alguns dias, o executivo assumiu a liderança global do banco – posição até então inexistente -, o que pode provocar sua mudança geográfica. O Nubank está, atualmente, entre as cinco maiores instituições financeiras da América Latina, avaliado em US$ 25 bilhões.
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Um fator provocou algumas interpretações dúbias na conta dos novos bilionários brasileiros: a morte de Joseph Safra, o mais rico de 2020. O desmembramento de seu patrimônio entre os herdeiros – Jacob, David, Alberto e Esther – e a esposa Vicky Safra fez com que a Forbes os considerassem novos bilionários. Os filhos dividem uma fortuna de US$ 7,1 bilhões, enquanto Vicky detém, sozinha, US$ 7,4 bilhões. Por aqui, não estamos computando nenhum deles como novatos, já que seus patrimônios não são exatamente novidade.
Ainda assim, há muitas estreias na lista de 2021, como Guilherme Benchimol, fundador da XP, com patrimônio estimado em US$ 2,6 bilhões e a 1205ª posição no ranking mundial. Com uma trajetória de duas décadas na empresa, o executivo anunciou, há cerca de 15 dias, seu afastamento da presidência-executiva para assumir o conselho da corretora.
André Street e Eduardo de Pontes, cofundadores da processadora de pagamentos Stone, também aparecem na lista pela primeira vez: o primeiro com US$ 2,5 bilhões e a 1.249ª posição, e o segundo com US$ 2,4 bilhões e a 1.299ª posição.
Além dos novatos, a edição de 2021 trouxe de volta uma dezena de brasileiros à lista: Rubens Menin Teixeira, da MRV, com US$ 2,2 bilhões; Jorge Pinheiro Koren de Lima, fundador da Hapvida, e seu filho, Cândido, com US$ 1,8 bilhão cada; os quatro integrantes da família Feffer, da Suzano Papel e Celulose – David, Daniel, Jorge e Ruben -, com cerca de US$ 1,6 bilhão cada; Rubens Ometto da Silveira, da Cosan, com US$ 1,6 bilhão; Jayme Garfinkel, do Grupo Porto Seguro, com US$ 1,4 bilhão; e Guilherme Leal, da Natura, com US$ 1,4 bilhão.
Veja, na galeria de fotos abaixo, quem são os 10 novos bilionários brasileiros:
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Reprodução/Forbes David Vélez – US$ 5,2 bilhões
Nascido em Medellín, na Colômbia, David Vélez, de 39 anos, fundou o banco digital Nubank em 2013 junto da brasileira Cristina Junqueira e do norte-americano Edward Wible. Como reside e investe no mercado nacional há quase uma década, foi considerado como novato no grupo dos bilionários brasileiros de 2021. Com fortuna estimada em US$ 5,2 bilhões, o executivo está à frente de uma instituição avaliada em US$ 25 bilhões, com 35 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.
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Divulgação Guilherme Benchimol – US$ 2,6 bilhões
Guilherme Benchimol, de 44 anos, criou a XP Inc. em 2001, com capital inicial inferior a US$ 2.000. Agora, o fundador estreia no ranking dos bilionários brasileiros com um patrimônio estimado em US$ 2,6 bilhões. Após duas décadas de história, a empresa se tornou popular pelos seus produtos e serviços com foco em clientes com pouca experiência em investimentos. Em março de 2021, Benchimol lançou o Instituto XP, por meio do qual pretende oferecer educação gratuita para 50 milhões de brasileiros nos próximos 10 anos.
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Reprodução/Forbes André Street – US$ 2,5 bilhões
André Street, de 36 anos, cofundou a empresa brasileira de pagamentos online na nuvem em 2012, ao lado do também bilionário Eduardo de Pontes. Com cerca de 10% da companhia e cargo de presidente do conselho, ele estreia no ranking de Bilionários do Mundo da Forbes com uma fortuna de US$ 2,5 bilhões.
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Reproducao da live de Braulio Medina Eduardo de Pontes – US$ 2,4 bilhões
Eduardo de Pontes, cofundador e vice-presidente do conselho da processadora de pagamentos em nuvem StoneCo, estreou no ranking com uma fortuna de US$ 2,4 bilhões. Ele possui cerca de 10% das ações da empresa, que levantou US$ 1,5 bilhão em seu IPO de 2018 e é conhecida por permitir, principalmente, que pequenas e médias empresas recebam pagamentos online.
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Reprodução/Forbes Fabricio Garcia – US$ 2,1 bilhões
Fabricio Garcia, de 43 anos, é neto de Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato, que fundou a varejista Magazine Luiza em 1957 – e sobrinho de Luiza Helena Trajano, a segunda mulher mais rica do Brasil. Com um patrimônio de US$ 2,1 bilhões, ele detém cerca de 8% da empresa, que faturou US$ 7,6 bilhões em 2020.
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Fernando Trajano – US$ 1,5 bilhão
Filho da segunda mulher mais rica do Brasil, Luiza Helena Trajano, Fernando Trajano conta com uma fortuna de US$ 1,5 bilhão e 2035ª posição no ranking mundial. Junto com outros quatro membros da família que também possuem ações da varejista, Trajano é uma das novidades na lista dos Bilionários da Forbes em 2021.
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Reprodução/Forbes Ilson Mateus – US$ 1,4 bilhão
Ilson Mateus já teve seu momento entre os bilionários brasileiros antes de aparecer no ranking dos Bilionários do Mundo 2021. O fundador do Grupo Mateus foi destaque na Forbes Brasil em setembro de 2020, quando estreou entre os dez mais ricos do país, na 9a colocação, com fortuna avaliada em R$ 20 milhões.
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Reprodução/Forbes Gisele Trajano – US$ 1,4 bilhão
Gisele detém um patrimônio estimado em US$ 1,4 bilhão e é mais uma representante do Magazine Luiza na lista dos novatos. Formada em psicologia, a nova bilionária não possui informações abertas sobre sua vida: seja idade ou local de moradia.
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Reprodução Anne Werninghaus – US$ 1,1 bilhão
Anne Werninghaus, de 35 anos, tornou-se a bilionária mais jovem do Brasil em sua estreia no ranking, com um patrimônio de US$ 1,1 bilhão. A maior acionista individual da WEG, fabricante de motores elétricos, é neta de Geraldo Werninghaus, cofundador da empresa de capital aberto que conta com fábricas em cinco países da América Latina. No último ano, a WEG faturou US$ 3,05 bilhões.
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Reprodução/Forbes Maria Pinheiro – US$ 1 bilhão
Maria Barros Pinheiro, cofundadora da rede de supermercados Grupo Mateus ao lado de seu ex-marido Ilson Mateus, estreou no ranking Bilionários do Mundo 2021 com uma fortuna de US$ 1 bilhão. Quarto maior varejista de alimentos do Brasil, o grupo foi fundado pelo então casal em 1986 e, hoje, possui 145 lojas nas regiões Norte e Nordeste do país. A empresa, que emprega 29 mil pessoas, abriu capital em outubro de 2020 em um dos maiores IPOs do ano.
David Vélez – US$ 5,2 bilhões
Nascido em Medellín, na Colômbia, David Vélez, de 39 anos, fundou o banco digital Nubank em 2013 junto da brasileira Cristina Junqueira e do norte-americano Edward Wible. Como reside e investe no mercado nacional há quase uma década, foi considerado como novato no grupo dos bilionários brasileiros de 2021. Com fortuna estimada em US$ 5,2 bilhões, o executivo está à frente de uma instituição avaliada em US$ 25 bilhões, com 35 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.
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