O bilionário sueco Daniel Ek, CEO e cofundador do streaming de música Spotify, disse ontem (23) que estaria aberto a possibilidade de comprar o clube de futebol inglês Arsenal se o atual proprietário do time, Stanley Kroenke, algum dia quisesse vender.
“Quando criança, eu torci pelo Arsenal desde que me lembro”, escreveu Ek no Twitter. “Se a KSE [Kroenke Sports & Entertainment] quiser vender o Arsenal, ficarei feliz em jogar meu chapéu no ringue.”
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A maior parte da fortuna de Ek vem de sua participação de 9% no Spotify, empresa que ele ajudou a fundar em 2006. O sueco se tornou bilionário pela primeira vez em 2019, um ano depois de abrir o capital de sua empresa, segundo os cálculos da Forbes. Agora, Ek acumula um patrimônio líquido de US$ 4,7 bilhões, enquanto o streaming vale US$ 54 bilhões.
Uma das principais equipes da Inglaterra, o Arsenal é propriedade de Stanley Kroenke, um norte-americano que enriqueceu investindo em imóveis – muitos deles em praças de compras perto das lojas do Walmart. Hoje, Kroenke tem uma fortuna avaliada em US$ 8,2 bilhões, de acordo com a Forbes. Além do clube inglês, o empresário supervisiona um império esportivo que inclui vários times nos Estados Unidos, como o Los Angeles Rams e o Denver Nuggets, tornando-se o único proprietário do Arsenal em 2019 depois de adquirir uma participação majoritária. Na época, Stanley disse repetidamente que não queria vender o clube.
O Arsenal é o oitavo time de futebol mais valioso do planeta, valendo cerca de US$ 2,8 bilhões, segundo cálculos da Forbes. Ek gastaria 60% de sua fortuna para comprar o time? Parece um exagero. Teoricamente, no entanto, se o sueco fosse comprar o Arsenal é provável que ele tivesse que fazer isso com parceiros – já que o clube compreenderia uma grande porcentagem de seu patrimônio líquido total.
“Não temos nenhum comentário sobre isso além do tweet de Daniel”, disse um porta-voz do Spotify quando contatado pela Forbes.
Apesar disso, o Arsenal teve um ano difícil, ocupando o nono lugar na Premier League inglesa. Depois que 12 dos maiores times da Europa – incluindo o gigante inglês – anunciaram no último domingo que participariam de uma nova Superliga Europeia, o mundo do futebol se revoltou. A situação atingiu seu ápice na quarta-feira, quando a competição foi denunciada por torcedores, por outras seleções, ligas nacionais e até políticos. Oito dos 12 clubes originais retiraram-se da Super League.
Os fãs do esporte recentemente saíram às ruas denunciando os donos das equipes por seu envolvimento na competição e acusando-os de encher o próprio bolso com a situação. Vários proprietários de times norte-americanos foram atacados, incluindo Kroenke, que teve a hashtag “#KroenkeOut” entre os Trend Topics do Twitter. Além disso, os torcedores continuaram a protestar fora do estádio do Arsenal.
Kroenke e seu filho Josh – que ajuda a administrar o Arsenal – pediram desculpas publicamente aos fãs pelo desastre da Super League, mas reiteraram que não têm intenção de vender o time.
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