O mercado de criptomoedas estava preparado para receber uma bomba no primeiro balanço da Tesla após a compra de US$ 1,5 bilhão em bitcoins. Elon Musk, CEO da companhia, não decepcionou.
A Tesla revelou que vendeu 10% de suas participações em bitcoins em março, arrecadando US$ 101 milhões e ajudando a fabricante de carros elétricos a atingir seu sétimo trimestre lucrativo consecutivo. A notícia, que inicialmente enviou ondas de choque na comunidade das criptomoedas, foi atenuada após Musk afirmar que a venda foi realizada apenas para demonstrar a liquidez do bitcoin.
VEJA TAMBÉM: Tesla, Vale, Smiles, Vittia e outros destaques corporativos
Depois de cair ligeiramente com as notícias, o preço do bitcoin foi então impulsionado pelos comentários de Musk no Twitter, sugerindo que, enquanto pessoa física, ele tem acumulado uma quantia pessoal de bitcoins.
“Eu não vendi nenhum dos meus bitcoins“, disse Musk via Twitter, respondendo às acusações feitas pelo fundador da Barstool Sports, Dave Portney, de que Musk teria se livrado do bitcoin da Tesla para fazer uma “fortuna”.
Não se sabe exatamente o quanto em bitcoins ou outra criptomoeda Musk possui. Em 2018, ele afirmou possuir “literalmente zero criptomoedas, além de 0,25 bitcoin” – o que valeria quase US$ 14 mil na cotação de hoje.
“Então, Elon Musk possui bitcoin na pessoa física?” perguntou uma seguidora no Twitter.
Depois de cair abaixo dos US$ 50 mil na semana passada, o preço do bitcoin se recuperou nos últimos dias, ganhando tração após as divulgações da Tesla e Musk. O preço do bitcoin disparava para US$ 55 mil no exterior na manhã de hoje (27), novamente fazendo com que o total de 18,6 milhões de tokens de bitcoin em circulação valessem mais de US$ 1 trilhão. No Brasil, a criptomoeda era negociada na faixa dos R$ 297 mil nesta terça-feira.
LEIA MAIS: Elon Musk anuncia compra de carros da Tesla com bitcoins
A disparada do bitcoin em 2021, que viu seu preço dobrar na virada do ano, foi fortemente ampliada por Musk e Tesla.
Embora Musk tenha sido um defensor de alto nível do bitcoin e outras criptomoedas por anos, foi apenas recentemente que a Tesla adicionou o bitcoin ao seu balanço patrimonial e passou a aceitar pagamentos com a moeda digital.
“Até agora, [o bitcoin] provou ser uma boa decisão, um bom lugar para colocar parte do nosso dinheiro que não está sendo usado imediatamente para as operações diárias”, disse o diretor financeiro da Tesla, Zachary Kirkhorn, cujo cargo oficial é “mestre da moeda”, na teleconferência de resultados da empresa.
A compra de bitcoin pela Tesla, seguindo os passos da empresa norte-americana de inteligência de negócios MicroStrategy, forçou outros players a começarem a olhar para o bitcoin como uma reserva de valor e alternativa às reservas de caixa.
O bitcoin tem sido impulsionado ainda pelo apoio institucional de Wall Street, iniciado por investidores de renome que declararam usar a criptomoeda como uma proteção contra a inflação no ano passado.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App
Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.