O índice Bovespa opera em queda na abertura do último pregão de abril, perdendo 0,56% aos 119.398 pontos às 10h14, horário de Brasília, em sintonia com o sinal negativo em Nova York numa semana marcada por forte volume de balanços corporativos do primeiro trimestre na B3 e no exterior, com destaque para os resultados das gigantes de tecnologia. Os investidores digerem hoje também dados sobre o desemprego no Brasil, que atingiu 14,4 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), trata-se do maior contingente desde 2012. A taxa de desemprego foi a 14,4% nos três meses até fevereiro, de 14,1% no trimestre imediatamente anterior. O mercado de trabalho ainda sofre com a informalidade em meio ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 no país.
Ainda nos indicadores do dia, a confiança do setor de serviços do Brasil quebrou uma sequência de três perdas consecutivas para apresentar recuperação em abril, em meio à melhora das expectativas, informou hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas). O ISC (Índice de Confiança de Serviços) teve alta de 4,1 pontos este mês, para leitura de 81,7.
O IE-S (Índice de Expectativas), que reflete as perspectivas para os próximos meses, saltou 7,4 pontos em abril, para 88,7 pontos, revertendo parcialmente a perda de 10,7 pontos acumulados no primeiro trimestre deste ano.
O dólar registra leve alta contra o real nesta sexta-feira, ganhando 0,07% e negociado a R$ 5,34 na venda, acompanhando os ganhos da divisa norte-americana no exterior após fechar a sessão de ontem no menor patamar em três meses contra a moeda brasileira, mas ainda caminhando para encerrar a semana e o mês de abril com perdas significativas.
A sessão deve contar com volatilidade extra devido ao fechamento da PTAX de fim de mês. O dólar à vista perde na semana 2,8% e, em abril, acumula recuo de 5% contra o real, a maior desvalorização mensal desde novembro do ano passado.
Marcos Weigt, head de tesouraria do Travelex Bank, avalia que diversos fatores explicam a recente correção no câmbio, entre eles o alívio na frente fiscal após a sanção com vetos do orçamento de 2021.
“O risco fiscal fez com que a gente se descolasse muito de pares emergentes nos últimos meses”, afirmou. “Quando esse risco fiscal diminuiu um pouco, o real sofreu uma correção em relação a essa disparidade, e agora tem um espaço bom para se apreciar no médio prazo.”
Em Wall Street, os índices futuros trabalham em queda, indicando correção nas ações durante o pregão regular. O movimento no dia é amparado por preocupações inflacionárias diante da forte retomada na economia norte-americana ante escassez de algumas matérias-primas e expressiva liquidez global em razão de estímulos monetários para combater a crise aberta pela pandemia.
O PIB dos Estados Unidos, divulgado ontem, encerrou o primeiro trimestre com crescimento de 6,4%, ante projeção de 6,1%, abrindo caminho para o que deve ser o desempenho anual mais forte em quase quatro décadas.
Às 10h14, horário de Brasília, o S&P 500 futuro recuava 0,56% aos 4.179 pontos após fechar em máximas históricas na sessão de ontem. (Com Reuters)
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