Os mercados de ações se recuperaram desde o surto da Covid-19, ajudando a impulsionar as fortunas dos bilionários do mundo para recordes. Mas nenhum grupo de ultrarricos se beneficiou tanto como os bilionários da tecnologia – que somam US$ 2,5 trilhões na lista dos Bilionários do Mundo da Forbes de 2021, um aumento de cerca de 80% em relação aos US$ 1,4 trilhão do ano passado.
Este ano, a Forbes encontrou 365 bilionários com fortunas em tecnologia, contra 241 no ano passado. Essa é a indústria com o segundo maior número de bilionários depois de finanças e investimentos – com 371. Mas a fortuna total de seus ultrarricos excede em muito a de qualquer outro setor. Em patrimônio líquido coletivo, os US$ 2,5 trilhões de bilionários de tecnologia superam o total de US$ 1,7 trilhão para moda e varejo e de US$ 1,5 trilhão para fortunas de finanças e investimentos.
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Um dos principais motivos para o domínio da tecnologia vem da natureza da lista. Os 20 mais ricos de tecnologia sozinhos valem juntos US$ 1,2 trilhão, quase 50% do patrimônio líquido total de todos os bilionários em sua indústria. E esses magnatas são responsáveis por 8 das 20 pessoas mais ricas do mundo, incluindo 6 das 10 maiores.
Embora os Estados Unidos ainda sejam o lar da maioria dos bilionários mais ricos da tecnologia, o setor de internet em rápido crescimento da China impulsionou uma nova geração de magnatas do setor para o topo. Dos 20 mais ricos em tecnologia, 9 vêm da China, ante 6 no ano passado.
Veja, na galeria de fotos abaixo, as 20 pessoas mais ricas em tecnologia (os valores dos patrimônios líquidos são de 5 de março de 2021):
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Jmaes Leynse/Colaborador/Getty Images 20. Pierre Omidyar
Fortuna: US$ 21,4 bilhões
Fonte de riqueza: Ebay
Residência: Estados UnidosO cofundador do eBay deixou o conselho em setembro passado como parte de uma reforma da empresa. A fortuna do bilionário nascido em Paris deriva em grande parte de sua participação de 6% no PayPal, uma aquisição anterior do eBay. Omidyar e o grupo filantrópico de sua esposa Pam, Omidyar Network, doaram para causas que incluem educação e assistência a refugiados na África e na Ásia. Eles também fizeram doações de mais de US$ 10 milhões para os esforços de socorro da Covid-19, incluindo US$ 1 milhão em seu estado de residência, o Havaí.
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Reprodução/Forbes 19. Richard Qiangdong Liu
Fortuna: US$ 22,4 bilhões
Fonte de riqueza: e-commerce
Residência: ChinaLiu fundou a JD.com em 1998 e levou a empresa de e-commerce para o topo do setor de varejo na China. Com quase 500 milhões de usuários ativos, a companhia ultrapassou US$ bilhões em receita anual em 2020. Ano passado, Liu e sua esposa, Nancy Zhang, doaram 5 milhões de máscaras médicas, 50 respiradores e outros equipamentos médicos ao Reino Unido, para apoiar sua luta contra a Covid-19.
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VCG/Handout/Getty Images 18. Lei Jun
Fortuna: US$ 23 bilhões
Fonte de riqueza: Smartphones
Residência: ChinaLei é o cofundador e CEO da Xiaomi, que está entre os cinco maiores fornecedores de smartphones em participação de mercado no mundo. Sua rede de empresas também inclui a fornecedora Kingsoft, que Lei levou a um IPO em 2007, e sua spinoff, Kingsoft Cloud, que abriu o capital no ano passado. Ele preside a empresa de capital de risco Shunwei Capital, que no ano passado celebrou os IPOs de oito empresas de seu portfólio.
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17. Zhang Zhidong
Fortuna: US$ 23,4 bilhões
Fonte de riqueza: Mídia de internet
Residência: ChinaAntes de se aposentar em 2014, o cofundador da Tencent, Tony Zhang, foi – por muito tempo – o diretor de tecnologia da companhia, ao lado do CEO e ex-colega Pony Ma. Sua fortuna continuou a crescer depois de sua saída. Este ano, ela aumentou mais de US$ 10 bilhões, graças à sua participação estimada de 3% na Tencent.
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Mint/Colaborador/Getty Images 16. Shiv Nadar
Fortuna: US$ 23,5 bilhões
Fonte de riqueza: Serviços de software
Residência: ÍndiaNadar é o bilionário de tecnologia mais rico fora dos Estados Unidos e da China. Sua empresa de serviços de TI, a HCL Technologies – que ele fundou em 1976 em uma garagem -, se recuperou da queda de ações devido à pandemia e agora está sendo negociada em níveis recordes. Ano passado, a HCL atingiu US$ 10 bilhões em receita anual pela primeira vez na história da companhia.
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Reprodução/Forbes 15. Wang Xing
Fortuna: US$ 26,1 bilhões
Fonte de riqueza: e-commerce
Residência: ChinaWang ganhou cerca de US$ 20 bilhões quando a receita de sua empresa Meituan (antiga Meituan-Dianping) disparou, conforme o preço das ações subiu 350% desde março de 2020. A diversificada gigante da internet, que Wang fundou originalmente em 2010 como um análogo do Groupon, está gastando muito em ofertas digitais. Um fator importante que contribuiu para o sucesso recente é seu braço de entrega de alimentos, semelhante ao DoorDash nos Estados Unidos, que teve uma demanda passiva como resultado da pandemia.
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VCG/Colaborador/Getty Images 14. William Lei Ding
Fortuna: US$ 33 bilhões
Fonte de riqueza: jogos online
Residência: ChinaDing é o fundador e CEO da gigante chinesa de jogos online NetEase, que desenvolveu títulos de sucesso como “Fantasy Westward Journey”. Sua fortuna quase que dobrou após um ano em que os isolamentos sociais da Covid-19 impulsionaram a demanda pelos jogos da NetEase e, consequentemente, suas ações. A empresa, que é negociada na Nasdaq desde 2000, levantou mais US$ 2,7 bilhões em junho do ano passado, após concluir uma listagem secundária na Bolsa de Valores de Hong Kong.
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VCG/Colaborador/Getty Images 10. Zhang Yiming
Patrimônio líquido: US$ 43 Bilhões | Variação em relação a 2023: -US$ 1,6 Bilhão | Fonte da riqueza: ByteDance
O fundador da ByteDance é um dos (apenas dois) 20 bilionários de tecnologia mais ricos deste ano que está mais pobre do que estava no ano passado. Mesmo que tenha renunciado ao cargo de presidente da ByteDance em 2021, supostamente sob pressão do governo chinês, ele ainda é um grande acionista. Sua fortuna foi prejudicada juntamente com a avaliação da ByteDance, em meio à especulação de que seu principal ativo, o TikTok, pode ser banido nos EUA.
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Clodagh Kilcoyne/Colaborador/Getty Images 12. Michael Dell
Fortuna: US$ 45,1 bilhões
Fonte de riqueza: Computadores Dell
Residência: Estados UnidosAs ações da Dell Technologies aumentaram 187% no ano passado, contribuindo para um aumento de US$ 22,2 bilhões na fortuna de seu presidente e CEO. Em 2020, a empresa anunciou uma doação de US$ 100 milhões para o combate à Covid-19 por meio da Fundação Michael e Susan Dell. Quatro quintos do valor foi para a ajuda de pequenos negócios e organizações sem fins lucrativos afetados pela pandemia, enquanto o restante foi doado para grupos de médicos que se esforçam para combater o vírus.
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Wang HE/Colaborador/Getty Images 11. Jack Ma
Fortuna: US$ 48,4 bilhões
Fonte de riqueza: e-commerce
Residência: ChinaNos últimos meses, o cofundador do Alibaba se tornou uma figura central na ação regulatória da China contra as empresas de tecnologia chinesas. Ma desapareceu dos olhos do público em outubro, após criticar os reguladores por sufocar a inovação. Menos de duas semanas depois, as autoridades suspenderam o IPO de seu gigante de fintech, Ant Group, que poderia levantar US$ 34 bilhões na maior oferta de ações da história. Em janeiro, o Ant Group anunciou um acordo com as autoridades para reestruturar a empresa de acordo com os requisitos regulatórios. Dias depois, Ma reapareceu em uma transmissão ao vivo, onde promoveu o apoio empresarial ao princípio de revitalização rural.
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Reprodução/Forbes 10. Mackenzie Scott
Fortuna: US$ 53 bilhões
Fonte de riqueza: Amazon
Residência: Estados UnidosDesde que recebeu um quarto das ações do ex-marido Jeff Bezos na Amazon como parte do acordo de divórcio de 2019, Mackenzie começou a doá-las em uma escala e velocidade que supera qualquer outro filantropo norte-americano. No ano passado, suas doações para a caridade totalizaram US$ 5,8 bilhões, incluindo um período de quatro meses quando ela doou US$ 4,1 bilhão para cerca de 400 organizações que prestam socorro aos cidadãos durante a pandemia. Em março, foi revelado que Mackenzie havia se casado novamente após o novo marido se juntar a ela no Giving Pledge, que ela assinou inicialmente em 2019.
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VCG/Colaborador/Getty Images 9. Colin Zheng Huang
Fortuna: US$ 55,3 bilhões
Fonte de riqueza: e-commerce
Residência: ChinaO cofundador da loja de descontos online Pinduoduo ficou US$ 38,8 bilhões mais rico no ano passado, quando sua empresa se tornou a maior plataforma de e-commerce na China por usuários ativos em março – seis anos após seu início em 2015. Em julho de 2020, Huang deixou o cargo de CEO; em março, ele deixou abruptamente o cargo de presidente e confiou seus direitos de voto ao conselho. Huang disse aos acionistas que voltaria sua atenção para a pesquisa em alimentos e ciências da vida.
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Visual China Group/Getty Images 8. Ma Huateng
Fortuna: US$ 65,8 bilhões
Fonte de riqueza: mídia de internet
Residência: ChinaAssim como acontece com o Facebook e o Google nos Estados Unidos, o magnata chinês da internet Pony Ma está enfrentando uma pressão à medida que seu país de origem tenta conter o poder das grandes empresas de tecnologia. As ações da Tencent, presididas por Ma, caíram continuamente após atingir o pico em janeiro. Ainda assim, o forte desempenho da empresa, particularmente em seus negócios de games, ajudou Ma a consolidar sua posição como o homem mais rico de tecnologia da China e o segundo maior patrimônio pessoal no geral no país (atrás do bilionário Zhong Shanshan).
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Rocky Widner/Getty Images 7. Steve Ballmer
Fortuna: US$ 68,7 bilhões
Fonte de Riqueza: Microsoft
Residência: Estados UnidosBallmer é o proprietário de uma equipe esportiva mais rico dos Estados Unidos, graças à fortuna que ele acumulou durante seu período na Microsoft, onde atuou como CEO de 2000 a 2014. A equipe de basquete dele, o Los Angeles Clippers, deve iniciar uma nova arena de US$ 1 bilhão este ano, após Ballmer comprar o The Forum, em Inglewood, por US$ 400 milhões em 2020. O Ballmer Group, uma organização filantrópica que ele fundou com sua esposa, Connie, doou US$ 54 milhões para vários projetos de socorro à Covid-19 no último ano.
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Kelly Sullivan/Getty Images 6. Sergey Brin
Fortuna: US$ 89 bilhões
Fonte de riqueza: Google
Residência: Estados UnidosOs cofundadores do Google se mantiveram fora dos holofotes desde que se afastaram do controle executivo da empresa-mãe do Google, a Alphabet, em 2019. O CEO da Alphabet Sundar Pichai apareceu ao lado de Zuckerberg durante as audiências no Congresso em março e no último verão. A dupla ainda detém mais de 50% dos direitos de voto da Alphabet, o que lhes permite manter o controle sobre as decisões da empresa.
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Justin Sullivan/Getty Images 5. Larry Page
Fortuna: US$ 91,5 bilhões
Fonte de riqueza: Google
Residência: Estados UnidosOs cofundadores do Google se mantiveram fora dos holofotes desde que se afastaram do controle executivo da empresa-mãe do Google, a Alphabet, em 2019. O CEO da Alphabet Sundar Pichai apareceu ao lado de Zuckerberg durante as audiências no Congresso em março e no último verão. A dupla ainda detém mais de 50% dos direitos de voto da Alphabet, o que lhes permite manter o controle sobre as decisões da empresa.
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Justin Sullivan/Getty Images 4. Larry Ellison
Fortuna: US$ 93 bilhões
Fonte de riqueza: Software
Residência: Estados UnidosEllison é uma figura importante no suposto êxodo de tecnologia da área de São Francisco para novas áreas populares como Texas e Flórida. Nesse caso, a Oracle, empresa de software que ele cofundou em 1977, mudou sua sede para Austin, Texas, quando Ellison contou aos funcionários que ele estava se mudando para o Havaí. Em 2012, o magnata pagou US$ 300 milhões para comprar a ilha havaiana Lanai, que ele transformou em um laboratório de saúde e bem-estar. Um aliado mais próximo de Trump do que a maioria dos magnatas da tecnologia, Ellison também foi uma figura central por trás do negócio da Oracle para adquirir as operações norte-americanas da rede social Tik Tok, embora até agora o acordo ainda não tenha sido concluído.
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Reprodução/Forbes 3. Mark Zuckerberg
Fortuna: US$ 97 bilhões
Fonte de riqueza: Facebook
Residência: Estados UnidosO Facebook continua a ser uma das plataformas mais proeminentes para a comunicação durante a pandemia, mas foi alvo de críticas significativas com o tempo. Zuckerberg testemunhou (virtualmente) perante o Congresso no ano passado sobre potenciais violações antitruste, e novamente em março sobre o papel do Facebook na disseminação de desinformação e extremismo. A empresa foi notoriamente criticada por seu papel em permitir o planejamento do motim no Capitólio no dia 6 de janeiro. Sua organização filantrópica, a Chan Zuckerberg Initiative, anunciou uma promessa de US$ 500 milhões em dezembro para os esforços para alcançar a igualdade racial.
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Chesnot/Colaborador/Getty Images 2. Bill Gates
Fortuna: US$ 124 bilhões
Fonte de riqueza: Microsoft
Residência: Estados UnidosEmbora Gates tenha ficado abaixo das duas pessoas mais ricas no mundo pela primeira vez na lista dos Bilionários da Forbes desde 2008, este ano marca a primeira vez que ele ultrapassou a marca dos US$ 100 bilhões. A fortuna do cofundador da Microsoft cresceu US$ 26 bilhões, beneficiando-se em parte de um aumento de 66% nas ações da empresa, assim como dos papéis da fabricante de tratores Deere & Co. As mudanças climáticas estão entre as grandes questões que Gates está enfrentando com a sua fortuna – em fevereiro, ele disse à Forbes que doou US$ 2 bilhões para organizações que trabalham com a emissão zero.
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David Ryder/Getty Images 1. Jeff Bezos
Fortuna: US$ 177 bilhões
Fonte de riqueza: Amazon
Residência: Estados UnidosO fundador da Amazon não será mais o CEO no final do ano. Em fevereiro, Bezos anunciou que vai deixar o cargo no terceiro trimestre de 2021 para focar em outros projetos, incluindo sua empresa espacial, a Blue Origin, o “Washington Post”, e iniciativas de caridade como a Amazon Day 1 Fund. Em 2020, seu Fundo Bezos Earth de US$ 10 bilhões doou US$ 791 milhões para 16 organizações sem fins lucrativos de mudança climática.
20. Pierre Omidyar
Fortuna: US$ 21,4 bilhões
Fonte de riqueza: Ebay
Residência: Estados Unidos
O cofundador do eBay deixou o conselho em setembro passado como parte de uma reforma da empresa. A fortuna do bilionário nascido em Paris deriva em grande parte de sua participação de 6% no PayPal, uma aquisição anterior do eBay. Omidyar e o grupo filantrópico de sua esposa Pam, Omidyar Network, doaram para causas que incluem educação e assistência a refugiados na África e na Ásia. Eles também fizeram doações de mais de US$ 10 milhões para os esforços de socorro da Covid-19, incluindo US$ 1 milhão em seu estado de residência, o Havaí.
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