O mundo das criptomoedas nacional segue aquecido, e não apenas pela disparada nos preços da cripto mais popular do mundo, o bitcoin. Nas últimas semanas, o anúncio de criação do vira-lata finance, uma criptomoeda que tem como símbolo o famoso vira-lata caramelo, fez sucesso entre geeks e fãs do popular animal brasileiro. Prova disso é o volume de recursos movimentados apenas 15 dias após o seu lançamento: R$ 18 milhões.
Mas a ideia de criar moedas digitais irreverentes – ou apenas inusitadas – não é de hoje. Nos Estados Unidos, por exemplo, o dogecoin é o sucesso do momento, principalmente depois que o CEO da Tesla, Elon Musk, começou a fazer memes com a cripto em seu Twitter, que também tem um cachorro como símbolo. No Brasil, os registros das primeiras criptos datam de quase 10 anos, com ativos que vão de homenagens a figuras públicas ou tokens criados para impulsionar alguma causa ou setor.
Em 2018, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho resolveu apostar no universo cripto com o lançamento do ronaldinho soccer coin, um plano ambicioso do futebolista com a NEO, empresa de criptomoedas chinesa, que tinha como o objetivo usar a moeda digital para criar uma academia de futebol e organizar partidas de e-sports em realidade virtual. De acordo com o CoinMarketCap existem 4647 criptomoedas em circulação no mundo. O valor de mercado das criptos é próximo de US$ 2 trilhões.
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Segundo George Wachsmann, sócio e chefe de gestão da Vitreo, gestora com fundos de criptomoedas negociados no Brasil, o boom das criptos se justifica pela facilidade de criá-las, “basta fazer um ctrl+c, ctrl+v e apertar enter”, comenta. No entanto, Wachsmann ressalta que a maior dificuldade dos criadores de criptoativos é o engajamento – como o dogecoin e o vira-lata finance tiveram – para se consolidar na comunidade de mineradores, que são responsáveis por validar as transações.
João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, avalia que “as moedas digitais sérias tentam resolver problemas reais, ou seja, caso elas apareçam apenas como uma piada, o fim de um cripto é tão natural quanto a falência de uma companhia.”
Ambos os especialistas defendem que o mercado abre boas oportunidades, mas também possui muitas fraudes. Eles recomendam que o investidor tenha um filtro ao comprar criptomoedas. “Um bom começo é saber se o ativo está listado nas principais exchanges reguladas em jurisdições reputadas, como os EUA. Essas exchanges costumam ser bastante diligentes na seleção dos ativos a serem listados”, avalia Cunha.
A Forbes selecionou nove criptomoedas mundiais inusitadas, mas que chegaram – ou quase – a ser negociáveis.
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Montagem Potcoin
O Potcoin foi criado em 2014 e desenvolvido por um grupo que buscava apoiar o cultivo da cannabis e do cânhamo nos Estados Unidos.
O ativo ficou famoso por patrocinar a viagem do ex-jogador de basquete e diplomata, Denis Rodman, à Cúpula de Cingapura, em 2017. Durante o trajeto, ele vestia uma camiseta com o logo do Potcoin. Rodman ficou conhecido por auxiliar no acordo histórico entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
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Montagem Pandacoin
O pandacoin é uma criptomoeda criada em 2014, pensada para ser uma conta bancária alternativa. Segundo os fundadores, é possível ganhar 2,5% de juros anuais caso o cliente tenha pandacoins em uma PandaBank.
De acordo com a companhia, é possível comprar a cripto na YoBIT.Net, na Unnamed Exchange, na BTCPOP e na Blockchain Financial. No entanto, o objetivo da empresa é principalmente alcançar os mercados da China e do sudeste asiático.
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Montagem Dogecoin
Queridinha do CEO da Tesla, Elon Musk, o dogecoin foi criado em 2013 e apenas um ano depois já havia capitalizado quase US$ 60 milhões ao anunciar que gostaria de enviar uma equipe da Jamaica para os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia.
A principal diferença entre o dogecoin e o bitcoin é a possibilidade infinita de minerar a moeda digital com logo de cachorro.
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Montagem Vira-Lata Finance
O vira-lata finance surgiu em 22 de março com o objetivo de apoiar instituições não-governamentais que buscam ajudar animais abandonados. Segundo a companhia responsável pela criptomoeda, existem mais de 365 trilhões de tokens em circulação e o ativo já movimentou mais de R$ 18 milhões.
No Twitter, a página da cripto se define como “a primeira criptomoeda meme do Brasil. Melhor do que dogecoin: deflacionária, segura e autossustentável.”
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Montagem Ronaldinho Soccer Coin
O ronaldinho soccer coin foi um projeto do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e da empresa de criptomoedas chinesa NEO. O objetivo da companhia e do craque era – além de organizar partidas de e-sports em realidade virtual – construir 300 estádios pelo mundo em três anos (o que seria concluído no fim de 2021).
Em um vídeo publicado pela página da administradora da criptomoeda, o projeto tinha como objetivo a criação de uma superliga onde atletas poderiam ganhar prêmios em dinheiro. Nem o projeto, nem a moeda foram para frente.
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Montagem Bananacoin
O bananacoin surgiu em setembro de 2017, quando um grupo de empresários russos emitiu a moeda digital com objetivo de investir na primeira plantação ecológica de Banana Ouro em Laos, na Ásia.
A companhia responsável pelo ativo justificou que a estratégia do projeto era modificar as relações comerciais entre a exportação e importação de bananas, descentralizando o processo de expansão dos negócios em Laos. O preço do bananacoin varia de acordo com o quilo de exportação da fruta.
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Montagem Dentacoin
O dentacoin foi criado com o objetivo de ser a primeira criptomoeda e blockchain destinada à indústria odontológica global. O ativo foi fundado em 2017 pela DentaCoin Foundation, na Holanda.
A companhia responsável pela cripto justifica que optou pelo mercado de dentistas porque movimenta cerca de US$ 440 bilhões anualmente e 90% de todos os dentistas têm custos com transações. Dessa forma, o dentacoin tem a meta ser uma solução de pagamento para dentistas.
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Montagem Potatocoin
O potatocoin é uma criptomoeda que existiu entre outubro de 2014 e março de 2015, quando seu valor de negociação foi zerado. Seu intuito era gerar renda para países de terceiro mundo, com a distribuição de moedas pré-mineradas para toda a população desses territórios.
O plano inicial era garantir aos fazendeiros desses países uma moeda própria, que eles pudessem controlar, já que o bitcoin é extremamente volátil e seria inviável que as pequenas economias do mundo dependessem dele. No entanto, esse plano não se concretizou.
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Montagem Coinye
O coinye (antigamente coinye west) foi criado em 2014, mas durou pouco, já que o cantor Kanye West registrou um processo contra os criadores que usavam sua imagem (na forma de um peixe usando óculos escuros) como logo. Logo após o registro na justiça norte-americana, o grupo decretou o fim das negociações.
Os desenvolvedores da moeda são anônimos, apesar do site da cripto estar ativo até hoje. Na aba de perguntas e respostas, eles informam que o rapper foi uma inspiração, mas não participou da criação da moeda digital.
Potcoin
O Potcoin foi criado em 2014 e desenvolvido por um grupo que buscava apoiar o cultivo da cannabis e do cânhamo nos Estados Unidos.
O ativo ficou famoso por patrocinar a viagem do ex-jogador de basquete e diplomata, Denis Rodman, à Cúpula de Cingapura, em 2017. Durante o trajeto, ele vestia uma camiseta com o logo do Potcoin. Rodman ficou conhecido por auxiliar no acordo histórico entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
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