Após uma alta nos preços que deu início à tão esperada entrada da Coinbase no mercado no início da semana, o mercado de criptomoedas despencou no início do dia de hoje (18) depois que apagões na China levaram a quedas sólidas nas taxas de mineração do bitcoin – afundando os preços e estimulando bilhões de dólares em liquidações.
Uma perda durante a noite de ontem (17) afundou a capitalização total do mercado de criptomoedas em todo o mundo em cerca de US$ 310 bilhões em menos de 24 horas, encolhendo o mercado de mais de US$ 2,2 trilhões para menos de US$ 1,9 trilhão por volta das 8h, segundo o site de dados de criptomoedas CoinMarketCap.
LEIA MAIS: Se o bitcoin quebrar, todo o mercado cai com ele
A partir das 9h45, o mercado voltou a subir para cerca de US$ 1,95 trilhão, mas o preço do bitcoin – flutuando em cerca de US$ 54,750 – ainda caiu cerca de 10,5% nas últimas 24 horas.
As liquidações de criptomoedas durante a flash crash totalizaram mais de US$ 10 bilhões, segundo a plataforma de negociação de moedas digitais Bybt data, alcançando seus níveis mais altos este ano, com o preço do bitcoin caindo mais de US$ 10 mil abaixo de sua última alta de quase US$ 65 mil na quarta-feira (14).
Os analistas atribuíram as perdas repentinas a um declínio acentuado de quase 50% na taxa de hash do bitcoin, que mede o poder de processamento total usado para minerar a criptomoeda e processar suas transações, como resultado dos apagões na região de Xinjiang, na China, que abriga uma das maiores redes de mineração de bitcoins do mundo.
Causados por uma explosão de uma mina de carvão em Xinjiang em 10 de abril, os apagões levaram dias para reduzir a taxa de hash do bitcoin, que despencou de uma alta de 215 exahash por segundo na quarta-feira para cerca de 120 exahash por segundo na manhã de hoje.
O preço do bitcoin despencou cerca de 12% desde que a taxa de hash começou a cair, mas ainda está subindo 750% este ano.
“O preço e a taxa de hash sempre estiveram correlacionados”, disse hoje o pesquisador de criptomoedas e ex-colaborador da Forbes, Willy Woo, em uma série de tuítes, fazendo referência a uma perda relâmpago semelhante ocorrida em novembro de 2017, e notando que, uma vez que a taxa de hash começou a normalizar, o preço do bitcoin também começou a se recuperar.
Embora o aumento da ação institucional e as preocupações com a inflação tenham elevado o mercado de criptomoedas a novas altas meteóricas no ano passado, a volatilidade inflexível do bitcoin gerou preocupações em Wall Street de que o token seria um depósito não confiável de riqueza. Esse sentimento, no entanto, pode estar mudando. O presidente do Federal Reserve de Dallas (Texas), Robert Kaplan, disse na sexta-feira (16) que, apesar da volatilidade do bitcoin, o token provou ser uma reserva de valor. “O desafio com o bitcoin é o quão amplamente ele será adotado – agora, está claro que é uma reserva de valor”, disse Kaplan. “Obviamente, o valor muda muito, de modo que pode evitar que se espalhe muito como um meio de troca e ampla adoção, mas isso pode mudar e vai evoluir”, completou.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.