O Banco UBS revelou uma perda inesperada de US$ 774 milhões hoje (27), devido ao colapso do fundo norte-americano Archegos, levando o prejuízo de bancos que negociaram com o family office para mais de US$ 10 bilhões.
A perda do maior banco da Suíça vem no momento em que as consequências da Archegos seguem afetando o setor bancário, com o Nomura divulgando – também hoje – seu maior prejuízo trimestral em mais de uma década, como resultado de suas negociações com a Archegos. O banco japonês disse que registrará perdas de cerca de US$ 2,9 bilhões por conta do episódio.
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O Morgan Stanley perdeu quase US$ 1 bilhão com a implosão do family office. O Credit Suisse, rival do UBS, foi o mais atingido, com uma baixa de mais de US$ 5 bilhões depois que a Archegos deixou de pagar as chamadas de margem no fim de março.
Maior gestor de fortunas do mundo, o UBS disse que agora está revisando todas as relações com clientes, tanto em sua unidade de corretagem que atende a fundos de hedge, quanto dentro de seu negócio de family office, que administra grandes montantes fortunas de famílias. A empresa também está revisando seus sistemas de gestão de risco.
“Entendo que vocês estejam desapontados. Nós também estamos”, disse o presidente do UBS, Ralph Hamers, a analistas em uma conferência sobre a perda.
“(A perda da Archegos) destaca o risco inerente em suas atividades de mercado de capitais e apresenta um revés contra a cultura de aversão ao risco do banco UBS”, disse o analista da Moody’s, Michael Rohr.
O UBS, que antes havia se recusado a comentar o caso Archegos, disse hoje que o impacto da receita em seu negócio de corretagem reduziu seu lucro líquido em US$ 434 milhões no primeiro trimestre.
Ainda assim, o lucro líquido de US$ 1,82 bilhão no período superou a previsão média de US$ 1,59 bilhão.
Com uma abordagem cautelosa em relação ao segundo trimestre, o banco disse que espera que os níveis de atividade dos clientes diminuam em relação aos picos observados nos primeiros três meses do ano. Mas, isso pode ser parcialmente compensado por um aumento nas taxas recorrentes geradas pela gestão dos investimentos dos clientes, devido à alta nos preços de ativos. (Com Reuters)
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