A rede de atacarejo Assaí avalia que boa parte dos clientes que começaram a comprar na empresa durante a pandemia deve continuar fazendo isso e que a margem bruta do grupo deve se manter estável neste ano, apesar de um forte ritmo de abertura de lojas.
A companhia também trabalha com cenário de que sua alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda vai cair abaixo de uma vez até o fim de 2023, apoiada por forte geração de caixa, disseram executivos durante teleconferência hoje (5) sobre os resultados no primeiro trimestre.
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As ações do Assaí, do grupo francês Casino, exibiam alta de 4% às 12h31. Os papéis não estão no Ibovespa, que mostrava valorização de 1,59% no horário.
“Esperamos algo muito forte em termos de (recuperação de compras de clientes de setores) como vida noturna, escolas e uma serie de setores que hoje estão parados…Isso deve ter impacto benéfico em vendas”, afirmou o presidente-executivo do Assaí, Belmiro Gomes. Ele se referiu à campanha de vacinação contra Covid-19 e à retirada de medidas de isolamento social pelo país.
No primeiro trimestre, das 184 lojas da rede, 100 foram afetadas por algum tipo de restrição, disse Gomes. “No geral todas as lojas foram impactadas, não no mesmo momento”, afirmou.
Mesmo assim, o Assaí divulgou na noite da véspera que seu lucro no trimestre mais que dobrou sobre o mesmo período de 2020, para R$ 240 milhões, e a margem bruta subiu de 15,6% para 16%. As vendas mesmas lojas saltaram 11,4%.
Gomes afirmou que o Assaí vai manter estratégia de concentrar aberturas de lojas no segundo semestre. Atualmente a companhia tem 18 obras em andamento.
Segundo ele, o Assaí espera sequencialmente um segundo trimestre mais forte em termos de resultados. “Por menor que seja o auxílio (emergencial, oferecido pelo governo federal) tem uma volta dele e vai ser muito destinado à alimentação”, disse.
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Gomes afirmou ainda que apesar do Assaí estar concentrado em expansão orgânica, montou uma área de estudo de eventuais fusões e aquisições de ativos após a cisão do GPA.
O Assaí fechou março com alavancagem de 1,93 vez, ante 4,01 vez um ano antes. A diretora financeira, Daniela Papa, afirmou que a geração de caixa tem sido suficiente para reduzir o endividamento e fazer frente aos investimentos em novas lojas. “Quando projetamos nossa alavancagem, estamos imaginando em 2023 chegarmos a um patamar de menos de 1 vez Ebitda“, afirmou. (Com Reuters)
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