Depois de alcançar a marca de US$ 59.423 no dia 10 de maio, o preço do bitcoin começou um declínio dramático, caindo 36% nos nove dias seguintes e afundando o patrimônio líquido de 12 cripto bilionários neste processo. Pelas estimativas da Forbes, os bilionários que construíram suas fortunas no mundo das criptomoedas perderam US$ 15,5 bilhões, já que seus patrimônios líquidos caíram juntos de US$ 62,3 bilhões para US$ 46,8 bilhões, considerando a cotação dos ativos às 16:00 de ontem (19).
Um ano atrás, o bitcoin era negociado a cerca de US$ 9.700 por moeda. Na manhã de hoje, a moeda digital buscava sua recuperação e tinha alta de 18,6% às 11h40, horário de Brasília, negociado a US$ 41.860 no exterior. No mercado doméstico, a cripto era cotada a R$ 221.496 no mesmo horário.
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A maior perda (em dólares) é de Sam Bankman-Fried, o fundador de 29 anos da firma de trading de criptoativos Alameda Research. Ex-trader em Wall Street, Bankman-Fried tinha uma fortuna avaliada em US$ 16,7 bilhões no pico dos preços do bitcoin em 10 de maio, mas seu patrimônio recuava para US$ 11,5 bilhões na tarde de ontem. Um dos mais jovens self-made bilionários na lista da Forbes, seu patrimônio líquido disparou depois de lançar a FTX, uma exchange de derivativos de criptomoedas, em 2019. A maior parte de sua fortuna vem do patrimônio líquido e dos tokens da FTX, que recuaram 27% desde o último dia 10.
Os gêmeos Winklevoss também perderam parte de sua fortuna. Tyler e Cameron Winklevoss, os famosos gêmeos que brigaram com Mark Zuckerberg pela criação do Facebook, viram seu patrimônio líquido cair US$ 900 milhões cada nos últimos nove dias, uma queda de 24% para cerca de US$ 2,9 bilhões para cada irmão. Os gêmeos usaram parte do acordo de US$ 65 milhões da disputa no Facebook para investir em bitcoins em 2012 e lançaram a exchange de criptomoedas Gemini em 2014. A empresa agora processa cerca de US$ 200 milhões por dia em negociações.
A maior perda relativa é de Michael Saylor, um bilionário da era Ponto.com que se reinventou como investidor em bitcoins. Saylor já foi um cientista de foguetes e revelou em outubro de 2020 que comprou 17.732 bitcoins por US$ 175 milhões. Ao longo de 2020, ele também conduziu sua empresa de análises de software para negócios, a MicroStrategy, para investir em bitcoins, comprando 70.784 unidades da moeda por US$ 1,1 bilhão. Sua fortuna valia US$ 3,3 bilhões no pico dos preços do bitcoin, mas seu patrimônio líquido caiu 45% nos últimos nove dias, para US$ 1,8 bilhão.
A montanha-russa das criptomoedas também tirou o status de bilionário de um magnata, poucas semanas depois dele atingir o patamar. Vitalik Buterin, o cocriador da blockchain ethereum, tornou-se bilionário em 3 de maio, quando o ether atingiu quase US$ 3.300 por moeda. Seu patrimônio era estimado em US$ 1,4 bilhão quando o valor do ether ultrapassou US$ 4.300 em 12 de maio, mas com a recente queda, a Forbes estima sua fortuna líquida atual em cerca de US$ 850 milhões.
No entanto, nem tudo é tristeza para os cripto bilionários do mundo que, apesar da crise recente, ainda estão mais ricos do que há alguns meses. Esses 12 magnatas valem juntos cerca de US$ 46,8 bilhões – 25% acima dos US$ 37,3 bilhões em 5 de março, quando a Forbes calculou os patrimônios líquidos para a lista dos bilionários do mundo de 2021. Um exemplo é o token XRP, do Ripple, que mesmo depois de perder mais de um quarto de seu valor ontem (19), ainda vale mais do que o dobro do início de março. Além disso, o muito antecipado IPO da Coinbase em abril impulsionou as fortunas dos seus cofundadores, Brian Armstrong e Fred Ehrsam, apesar do recente declínio no preço das ações.
Aqui estão os cripto bilionários do mundo e como suas fortunas oscilaram nos últimos dias. Os patrimônios líquidos são calculados com base na cotação dos ativos em 19 de maio de 2021 às 16:00, horário de Brasília.
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Reprodução/Forbes Sam Bankman-Fried
Principal ativo: tokens FTX
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 16,7 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 11,5 bilhões
Variação: -31% -
Reprodução/Forbes Brian Armstrong
Principal ativo: ações da Coinbase
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 9,8 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 8,3 bilhões
Variação: -15% -
Reprodução/Forbes Chris Larsen
Principal ativo: XRP
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 6,9 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 5,6 bilhões
Variação: -19% -
Reprodução/Forbes Jed McCaleb
Principal ativo: XRP
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 6 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 4,4 bilhões
Variação: -27% -
Anúncio publicitário -
Reprodução/Forbes Tyler e Cameron Winklevoss
Principais ativos: Gemini e bitcoins
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 3,8 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 2,9 bilhões
Variação: -24% -
Tammy Perez/GettyImages Fred Ehrsam
Principal ativo: ações da Coinbase
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 3,4 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 2,9 bilhões
Variação: -27% -
Roy Rochlin/GettyImages Matthew Roszak
Principal ativo: Bitcoin
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 2,8 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 1,7 bilhão
Variação: -39% -
CNBC/GettyImages Barry Silbert
Principais ativos: Digital Currency Group
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 2,1 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 1,8 bilhão
Variação: -14% -
Divulgação/Binance Changpeng Zhao
Principal ativo: Binance
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 1,9 bilhão
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 1,9 bilhão
Variação: 0% -
Reprodução/Forbes Tim Draper
Principal ativo: Bitcoin
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 1,8 bilhão
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 1,1 bilhão
Variação: -39%
Sam Bankman-Fried
Principal ativo: tokens FTX
Patrimônio líquido em 10/05: US$ 16,7 bilhões
Patrimônio líquido em 19/05: US$ 11,5 bilhões
Variação: -31%
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