O bitcoin caiu abaixo da marca de US$ 40 mil hoje (19), para uma mínima em três meses e meio e contaminou as cotações de outras moedas digitais após a China impor novas restrições em transações envolvendo criptomoedas.
O bitcoin, a maior e mais conhecida criptomoeda, já estava sob pressão de uma série de tuítes do presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, mas as notícias da China fizeram a moeda atingir a mínima de US$ 36.250.
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Por volta de 9h (horário de Brasília), era cotado a US$ 38.803, em queda de 9,5%.
A criptomoeda caiu quase 40% de uma alta recorde de US$ 64.895 alcançada em 14 de abril. Também está caminhando para seu primeiro declínio mensal desde novembro de 2018.
O tombo do bitcoin afetou outros ativos digitais hoje (19), como o Ether, a moeda ligada à rede blockchain ethereum, e o dogecoin.
As quedas da criptomoeda na semana passada foram provocadas pela reversão na decisão de Musk sobre a Tesla aceitar bitcoin como pagamento. Seus tuítes seguintes causaram mais confusão sobre se a montadora havia desfeito suas posições na moeda.
O declínio foi acentuado pelo anúncio da China ontem (18) proibindo instituições financeiras e empresas de pagamento de fornecer serviços relacionados a transações com criptomoedas. A China também alertou investidores contra a negociação especulativa com criptomoedas.
“Os mercados de criptografia estão atualmente processando uma cascata de notícias que alimentam o cenário ‘bear’ (de baixa) para o desenvolvimento de preços”, disse Ulrik Lykke, diretor executivo do fundo de hedge de criptografia ARK36.
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“Notícias como esta podem obter muita força e facilmente mexer com o sentimento do mercado, mas muitas vezes se mostram de pouca importância no longo prazo. Os mercados de criptomoedas são extremamente motivados pelas emoções e seus participantes tendem a reagir de forma exagerada a eventos que consideram negativos.”
No entanto, alguns ‘cryptowatchers’ previram mais perdas à frente, observando que a queda abaixo de US$ 40 mil representou a quebra de uma barreira técnica chave que poderia definir o terreno para mais vendas no curto prazo, pelo menos.
Mais importante, investidores podem estar migrando do bitcoin de volta para o ouro, disseram analistas do JPMorgan, citando dados de posicionamento compilados com base na participação em aberto nos contratos futuros de bitcoin da CME.
Isso mostra “a liquidação mais acentuada e sustentada” nos futuros do bitcoin desde outubro do ano passado, disseram a clientes, acrescentando: “o quadro do fluxo do bitcoin continua a se deteriorar e aponta para uma retração contínua por parte de investidores institucionais”. (Com Reuters)
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