O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu aprofundar a análise de proposta de compra da Unidas pela Localiza, por considerar que a fusão pode envolver uma concentração excessiva nos mercados de locação de veículos e gestão de frotas.
Em despacho, a superintendência-geral do órgão antitruste elencou uma série de preocupações como desdobramento do negócio envolvendo a união da líder com a vice-líder nesses mercados.
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Entre eles, a baixa probabilidade de entrada de novos competidores e a redução da concorrência. O órgão citou em particular o fato de que, em alguns aeroportos, “a empresa resultante da operação seria a única opção dos consumidores”.
A superintendência do Cade apontou ainda que a operação reduzirá o número de empresas com atuação nacional de três para duas, com o grupo resultante da fusão detendo “no mínimo, 60% a 70% de participação de mercado.
Com isso, a instituição classificou a operação como “complexa” e sugeriu aprofundar a análise do caso.
Anunciada em setembro passado, a proposta de fusão criaria um grupo combinado com valor de mercado de cerca de R$ 50 bilhões em valores da época e uma frota de 470 mil carros.
As rivais Fleetzil, ALD Automotive, Movida; e Ouro Verde pediram para o Cade intervir no caso.
Hoje (20), as ações das companhias que planejam a fusão subiam forte na bolsa paulista, com a da Localiza avançando 4,2%, enquanto a da Unidas ganhava 5,2%. (Com Reuters)
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