Eli Broad, responsável por ter construído uma fortuna com a construção de casas e seguros, morreu ontem (30), aos 87 anos. Além do sucesso nos negócios, o bilionário – dono de um patrimônio de US$ 6,9 bilhões – era conhecido por usar parte de seus recursos para financiar iniciativas culturais em Los Angeles, cidade que escolheu para viver.
Um porta-voz da Eli and Edythe Broad Foundation confirmou, ao “New York Times”, o falecimento do bilionário após um longo período de luta contra uma doença. Broad morreu no Cedars-Sinai Medical Center.
Nascido em Nova York em 1933, Broad era filho único de imigrantes judeus da Lituânia. Sua família mudou-se para Detroit em 1940, onde seu pai pintava casas e administrava lojas populares. Enquanto cursava o ensino médio e a faculdade, Broad trabalhou em empregos temporários. Depois de se formar na Michigan State University em 1954, ele se casou com Edythe Lawson e conseguiu um emprego como contador, ganhando menos de US$ 68 por semana.
Alguns anos depois, o futuro bilionário pegou emprestado US$ 12.500 para iniciar uma empresa de construção de casas em Detroit, agora conhecida como KB Home. “Se você optar pela segurança o tempo todo, não vai chegar muito longe”, diria ele mais tarde.
Depois de transformar esse negócio em um sucesso nacional, Broad começou a se concentrar no setor de seguros e adquiriu a Sun Life Insurance. Em 1998, o American International Group adquiriu a empresa por US$ 18 bilhões. Depois de se aposentar, Broad se voltou em tempo integral à filantropia.
No total, as duas fundações do bilionário, a Broad Art Foundation e a Eli and Edythe Broad Foundation, que apoia a pesquisa médica e a educação pública, já ofereceram mais de US$ 4 bilhões em bolsas. Em 2008, Broad fez uma doação ao Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles de US$ 30 milhões para resgatá-lo de uma crise financeira. Ele também doou US$ 50 milhões para o Museu de Arte do Condado de Los Angeles e ajudou a financiar o Walt Disney Concert Hall. Em 2015, abriu seu próprio museu de arte, o The Broad, que guarda mais de 2.000 peças de arte contemporânea de sua coleção pessoal.
Em 2019, Broad escreveu um artigo no “New York Times” intitulado “Faço parte do 1%. Por favor, aumentem meus impostos”. Nele, o bilionário explicou: “É hora de pessoas como nós, com grande riqueza, comprometerem-se com a redução da desigualdade de renda, começando com uma alíquota de imposto mais elevada do que a dos demais contribuintes.”
E continuou: “Vamos admitir, em voz alta, o que todos nós já sabemos: um imposto maior sobre a riqueza pode nos ajudar a começar a enfrentar a desigualdade econômica que está corroendo a força do nosso país. Posso pagar mais e sei que outros também podem”.
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