O estoque total de crédito no Brasil aumentou 0,5% em abril sobre o mês anterior, a R$ 4,126 trilhões (53,5% do PIB), impulsionado pelo crescimento do crédito às famílias, informou o Banco Central hoje (28).
No mês, o saldo do crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, cresceu 0,9% para as pessoas físicas, puxado pelo aumento de 2,1% do crédito pessoal.
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Já para as pessoas jurídicas a alta foi menor, de 0,3%, em meio a uma queda da demanda por capital de giro de curto prazo, modalidade que cresceu muito em 2020 conforme as empresas buscaram reforçar seu caixa diante da crise gerada pela pandemia da Covid-19.
“Com uma redução das incertezas, que seguem elevadas, e o próprio vencimento dessas operações, essas linhas de curto prazo não têm sido roladas integralmente”, afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacando que a redução do saldo do capital de giro foi parcialmente contrabalançada por uma alta de 15,5% do ACC, modalidade de crédito à exportação.
No crédito direcionado, em que as condições dos empréstimos sofrem interferência do governo, o estoque cresceu 1% em abril para as pessoas físicas, influenciado pelas carteiras do financiamento imobiliário e rural, e encolheu 0,6% para as empresas.
A taxa de juros média cobrada pelo sistema financeiro aumentou 0,3 p.p. (ponto percentual) no mês, a 20,3%. No ano, a alta acumulada é de 1,9 p.p. , refletindo o aperto da política monetária promovido pelo BC a partir de março.
A taxa de captação dos bancos, contudo, também subiu no mês e, com isso, o spread bancário recuou 0,1 p.p., a 15 p.p. No crédito livre, o spread foi a 22,5 p.p., de 22,4 pontos no mês anterior.
Em abril, a inadimplência no segmento de recursos livres permaneceu em 2,9% pelo quinto mês seguido. (Com Reuters)
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