A economia brasileira contraiu em março pela primeira vez em quase um ano diante da intensificação da pandemia e das medidas de isolamento, mas ainda assim terminou o primeiro trimestre com crescimento, graças ao desempenho positivo no início de 2021.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), teve queda de 1,59% em março na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo BC hoje (13).
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O resultado do mês em que o país se tornou o epicentro da pandemia de coronavírus interrompe 10 meses de avanços do índice e é o mais fraco desde a queda de 9,8% em abril de 2020, ápice das medidas de contenção da Covid-19 no ano passado.
O dado de março, entretanto, foi melhor que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 3,75%. Com os resultados positivos de janeiro e fevereiro, o IBC-Br encerrou o primeiro trimestre com crescimento de 2,3% sobre os últimos três meses de 2020, após ter expandindo 3,17% no quarto trimestre do ano passado
A crise sanitária no Brasil, com sistemas de saúde muito sobrecarregados, agravou-se no final de fevereiro e levou várias localidades a intensificarem as medidas de isolamento, voltando a fechar comércios não essenciais e restringindo ainda mais a mobilidade.
Na comparação com março de 2020, o IBC-Br registrou avanço de 6,26% e, no acumulado em 12 meses, teve perda de 3,37%, segundo números observados.
Com a lentidão no ritmo de vacinação contra a Covid-19, em março, as perdas foram disseminadas. A indústria brasileira registrou queda inesperada de 0,7% da produção em fevereiro e interrompeu nove meses de resultados positivos. As vendas varejistas recuaram 0,6% e o setor voltou a ficar abaixo do nível pré-pandemia. O mesmo aconteceu com os serviços, depois de queda de 4,0% no volume no mês.
A pesquisa Focus mais recente do BC com uma centena de economistas aponta que a projeção de expansão para este ano é de 3,21%, indo a 2,33% em 2022. (com Reuters)
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