O Ibovespa abriu em alta na sessão de hoje, em dia de disparada do petróleo e do minério de ferro no exterior, dando continuidade à alta vista no último pregão, em que o índice fechou aos 122.138 pontos. Às 10h12, o índice subia 0,57%, a 122.728 pontos. O mercado também já acomoda posições para o dia cheio de amanhã (11), que traz a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e os dados do IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) de abril.
Os desdobramentos da CPI da Covid-19 no Senado e as preocupações fiscais também seguem no radar dos investidores. Há ainda a expectativa pelo avanço na tramitação da Reforma Tributária na Câmara.
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O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse no Twitter que deve definir o formato do andamento nos próximos dias, e que deve haver “três ou quatro relatores diferentes”. “Vamos avançar com a reforma tributária sem nos preocupar com a paternidade do projeto. Esta semana devemos definir a tramitação, o formato. Temos aí duas reformas, a que envolve renda e a de consumo. Daremos um passo esta semana para fazermos a reforma de maneira ordenada.”
O dólar firmou queda ante o real após a primeira hora de sessão, caindo 0,22%, a R$ 5,2252, enquanto a divisa norte-americana oscila ante os pares no exterior. Os investidores seguem de olho nas perspectivas para a política monetária dos Estados Unidos e seu impacto nos mercados de câmbio ao redor do globo.
Mais cedo, o Relatório Focus do Banco Central trouxe algumas mudanças nas medianas das projeções do mercado: a previsão do IPCA de 2021 foi elevada levemente de 5,04% para 5,06%, enquanto a de 2022 foi mantida em 3,61%. A estimativa do PIB de 2021 foi elevada de 3,14% para 3,21%, e de 2022, de 2,31% para 2,33%. A previsão do dólar foi reduzida de R$ 5,40 a R$ 5,35 em 2021, e mantida em R$ 5,40 em 2022. Já a perspectiva de Selic se manteve a mesma: em 5,50% para 2021 e 6,25% para 2022.
A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o índice de inflação medido pelo IPC-S da primeira quadrissemana de maio, que registrou alta de 0,33%. Em 12 meses, o indicador acumula ganho de 7,47%.
Nos Estados Unidos, os futuros dos índices operam em direções mistas, com o Dow Jones Industrials e o S&P 500 indicando continuidade aos recordes marcados na última sexta-feira (7), beneficiados pelos papéis ligados a commodities e energia.
Os futuros do petróleo avançam, após ataque cibernético à maior rede de gasodutos dos Estados Unidos na noite da última sexta-feira (7). A operadora, que é responsável por fornecer combustível para os estados da costa leste, precisou fechar as instalações. O petróleo Brent subia 0,89%, a US$ 68,89 por barril, às 8h34, no horário de Brasília, enquanto o WTI avançava 0,8%, a US$ 65,42 por barril.
Na China, os futuros do aço e do minério de ferro tocaram máximas históricas, em meio a uma demanda robusta e preocupações com a oferta, além de expectativas de alta na inflação que também ajudaram a alimentar compras especulativas. Os futuros do minério de ferro na Bolsa de Dalian saltaram 10%, para máxima recorde de 1.326 iuanes (US$ 206,30) por tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o contrato para junho do minério de ferro subiu 9,5%, para US$ 224,65 por tonelada.
Para Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, a movimentação nas commodities “reforça no mercado uma preocupação com o aumento da inflação”. Ele também aposta que a inflação será um dos temas mais comentados da semana, com dados divulgados na China amanhã (11), e nos EUA na próxima quarta-feira (19).
As Bolsas europeias operam em direções mistas nesta manhã. O Stoxx 600 ronda a estabilidade. Na Alemanha, o DAX cai 0,08%; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,16% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado a 0,46%; e o FTSE 100 cresce 0,06% no Reino Unido.
A confiança do investidor da Zona do Euro subiu em maio para o seu nível mais alto desde março de 2018, mostrou pesquisa Sentix, e sugere que o bloco está superando a crise da Covid-19. O índice subiu a 21,0, ante 13,1 em abril.
Nos mercados asiáticos, prevaleceram fechamentos em alta no primeiro dia da semana. O índice acionário da China subiu 0,27%; no Japão, o índice Nikkei cresceu 0,55%; o Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,05%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o primeiro dia da semana em alta de 0,60%. (Com Reuters)
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