Os contratos referenciais do minério de ferro da Ásia caíram pela terceira sessão consecutiva hoje (21), rumo a uma segunda queda semanal seguida, com a maior produtora de aço global, a China, intensificando os esforços para esfriar uma forte recuperação dos preços das matérias-primas impulsionada pela demanda.
O minério de ferro mais negociado para entrega em setembro na Bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com queda de 3,4%, a 1.096,50 iuanes (US$ 170,48) a tonelada. A commodity caiu 5,4% até agora nesta semana, a queda mais acentuada desde meados de março. O contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Cingapura caiu 4,8%, para US$ 191,30 a tonelada.
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Os preços do aço na China recuaram em relação aos recordes da semana passada, puxando o minério de ferro e outros ingredientes da siderurgia para baixo, com as vendas se intensificando depois que o gabinete da China disse na última quarta-feira (19) que reduziria as altas de preços “irracionais” para proteger os consumidores.
Analistas, no entanto, dizem que a menos que a China tome medidas para limitar o consumo de commodities industriais, o que poderia dificultar sua sólida recuperação de uma queda provocada pela pandemia, o impacto das medidas nos preços até agora é temporário.
“Essas (agências governamentais chinesas) conseguiram alguma mudança fundamental ou estrutural na indústria, além de criar especulação desnecessária e volatilidade do mercado?” perguntou Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities, com sede em Cingapura. “A resposta é não. Permitir que a mão invisível cuide de seus negócios teria sido a estratégia correta.”
Apesar da pressão de venda do minério de ferro, os preços, principalmente dos materiais de alta qualidade, continuam elevados, com o preço à vista próximo a US$ 250 a tonelada, criando problemas para os produtores de aço.
Os preços devem permanecer altos no longo prazo, já que as regulamentações ambientais mais rígidas da China levaram a uma mudança para materiais de alta qualidade e menos poluentes, disse Kohji Takei, gerente da divisão de matérias-primas da Nippon Steel, a maior siderúrgica do Japão. (com Reuters)
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