A Nike afirmou ontem (27) que encerrou a parceria com o jogador brasileiro Neymar no ano passado porque ele teria se recusado a cooperar em uma investigação sobre acusações de agressão sexual feitas contra ele por uma funcionária da Nike.
Neymar, que atualmente joga pelo Paris Saint-Germain, nega as acusações, disse sua porta-voz em um comunicado.
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A maior fabricante de roupas esportivas do mundo disse em um comunicado que considerou as alegações sobre um incidente em 2016 como “críveis”, mas também disse que uma investigação independente que encomendou não foi conclusiva.
“Nenhum conjunto de fatos emergiu que nos permitiria falar substantivamente sobre o assunto. Seria impróprio para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer fatos de apoio”, disse a empresa em comunicado.
A porta-voz de Neymar disse que o atleta se defenderá vigorosamente caso alguma acusação seja apresentada, qualificando as alegações como infundadas e acrescentando que o contrato de patrocínio terminou por motivos comerciais.
“É bem estranho um caso que supostamente aconteceu em 2016, com alegações feitas por uma funcionária da Nike, aparecerem apenas neste momento”, disse a porta-voz em comunicado.
Os comunicados foram divulgados após uma reportagem do Wall Street Journal sobre a investigação. A Nike não havia apresentado publicamente um motivo para encerrar o acordo até então.
A Nike disse que uma funcionária relatou oficialmente o incidente à empresa em 2018, apresentando-se em um fórum interno. Embora a Nike estivesse preparada para investigar na época, ela respeitou um pedido da funcionária de manter o assunto confidencial e não investigou até que ela expressasse interesse em 2019 em prosseguir legalmente com o assunto, disse a empresa no comunicado.
Neymar, o jogador de futebol mais caro do mundo, firmou uma parceria com a Puma em setembro. A empresa de roupas esportivas não quis comentar quando questionada pela Reuters se as alegações afetariam a parceria.
O contrato de Neymar com a Nike foi rescindido com oito anos restantes, segundo o WSJ, citando uma pessoa familiarizada com o assunto.
Neymar foi separadamente acusado de estupro em um hotel de Paris em junho de 2019. Neymar disse que o encontro com a mulher, uma modelo brasileira, foi consensual e a acusou de tentativa de extorsão.
As autoridades brasileiras desistiram da investigação contra Neymar nesse caso, alegando falta de provas, e posteriormente acusaram a modelo de difamação, extorsão e fraude processual. As acusações de difamação e extorsão foram rejeitadas em 2019 e ela foi absolvida da acusação de fraude em 2020. (Com Reuters)
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