O órgão regulador financeiro do Reino Unido proibiu neste fim de semana a exchange de criptomoedas Binance de operar no país, juntando-se ao Canadá e ao Japão como o terceiro maior mercado a dificultar as operações da companhia chinesa, considerada a maior exchange do mundo.
A filial britânica da Binance não está licenciada para conduzir “qualquer atividade regulamentada no Reino Unido”, disse a FCA (Autoridade de Conduta Financeira, na sigla em inglês), ordenando que a empresa cancele a veiculação de todas as peças publicitárias até o fim da quarta-feira (30) e exiba um aviso em seu site afirmando que não é autorizada a operar no Reino Unido.
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Embora a FCA não tenha regulamentação específica para as criptomoedas, a autoridade exige que as exchanges sejam registradas para operar, o que significa que as empresas devem cumprir as medidas de combate à lavagem de dinheiro.
A Binance informou que o aviso da FCA “não tem impacto direto sobre os serviços prestados na plataforma binance.com”, que é administrado por outro órgão, acrescentando: “levamos nossas obrigações de compliance muito a sério.”
Esse é o mais recente golpe nos negócios da Binance depois que a companhia deixou de atuar em Ontário, no Canadá, e foi advertida pelo regulador financeiro do Japão por não ter permissão para operar no país.
Apesar da proibição do FCA, o mercado está praticamente inabalado, e as duas principais criptomoedas, o bitcoin e o ether, valorizaram cerca de 4% e 9%, respectivamente, nas 24 horas que antecederam a manhã desta segunda-feira (28). No Brasil, o bitcoin sobe cerca de 6% e é negociado na faixa de R$ 168 mil.
A Binance segue apagando incêndios ao redor do mundo enquanto órgãos reguladores pressionam a exchange em uma tentativa de aumentar o controle sobre o mercado de criptomoedas, motivados pelo desejo de proteger os consumidores e prevenir crimes financeiros. Nos EUA, a Binance é investigada pelo Departamento de Justiça e pela Receita Federal por preocupações de que a plataforma esteja sendo usada para ocultar transações ilegais ou em crimes de sonegação. A China tem sido particularmente forte na repressão às instituições financeiras que negociam ativos digitais e na mineração de criptomoedas, impulsionada por preocupações ambientais e um desejo de promover a ordem financeira.
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