Nos créditos de abertura de “Friends”, as seis coestrelas do sitcom pulam em uma fonte enquanto a música tema lamenta a vida de um nova-iorquino de vinte e poucos anos cujo “trabalho é uma piada, você está quebrado, sua vida amorosa vai de mal a pior”.
Vinte e sete anos após o lançamento do seriado, suas estrelas – e criadores – estão bem longe de estarem falidos.
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O aguardado “Friends Reunion”, que foi ao ar na última quinta-feira (27) na HBO Max, rendeu a Monica, Phoebe, Rachel, Chandler, Joey e Ross até US$ 5 milhões (cada), de acordo com uma fonte. Nada mal para o trabalho de uma noite, mas uma ninharia em comparação ao que eles ganharam ao longo da série de quase três décadas.
A popular comédia televisiva gerou quase US$ 1,4 bilhão em ganhos desde a estreia em 1994, de acordo com estimativas da Forbes. Desse total, estimamos que as seis estrelas tenham recebido quase US$ 816 milhões (antes dos impostos), ou cerca de US$ 136 milhões cada.
A equipe dos criadores do programa, David Crane e Marta Kaufman, e o coprodutor executivo, Kevin Bright, dividiram ganhos de, pelo menos, US$ 550 milhões – um número que fontes internas dizem ser conservador.
Quando foi ao ar na NBC, de 1994 a 2004, “Friends” era mais um seriado nas noites de quinta-feira, ao lado de “Seinfeld”, “Mad About You”, “Will and Grace” e “ER”. Imprensado entre “Mad About You” e “Seinfeld”, “Friends” atraiu uma média de 25 milhões de telespectadores noturnos.
Mas o dinheiro não entrou imediatamente. A Warner Bros. Television licenciou a comédia de 30 minutos para a NBC; nos primeiros quatro anos, a produtora realmente perdeu dinheiro, apostando que teria retorno mais tarde, quando a distribuição começasse.
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Quando “Friends” entrou em sua quinta temporada, a NBC estava tão decidida a manter a sitcom em sua programação de quinta à noite que concordou em cobrir os custos de produção. Durante sua transmissão de uma década, essas despesas gerais incluíram cerca de US$ 70 milhões para Bright-Kauffman-Crane e quase US$ 100 milhões para as estrelas, cujos salários aumentaram de modestos US$ 22.500 por episódio na primeira temporada para US$ 1 milhão – o cachê de cada um deles nos últimos dois anos, o que fez das três atrizes as mais bem pagas da época.
A recompensa real começou assim que o sitcom entrou em distribuição. Com quase 100 episódios acumulados ao longo dos primeiros quatro anos, a Warner Bros. teve programas suficientes para começar a vender reprises para estações locais, redes a cabo e canais fora dos Estados Unidos e, por fim, para serviços de streaming, em uma série de negócios que a Forbes estima ter chegado a US$ 4,8 bilhões para a produtora. Isso não inclui a receita das vendas de DVD.
Os criadores e o elenco ainda compartilham os espólios das reprises. Depois de deduzir os custos de distribuição, marketing e despesas administrativas relacionadas, a Forbes estima receitas de US$ 260 milhões para o elenco e de, pelo menos, US$ 475 milhões para Bright-Kauffman-Crane, com base em dados dos EUA fornecidos pela S&P Global e conversas com advogados, agentes e executivos que acompanham de perto o setor.
A Warner Bros. Television e os agentes das estrelas e criadores do programa não quiseram comentar os valores.
Depois de seus lucrativos dias como os amigos que dividiam as alegrias e dilemas da juventude, as seis estrelas do programa continuam a trabalhar na televisão e no cinema. Jennifer Aniston, sem dúvida, registrou o maior sucesso do ponto de vista financeiro e continua a figurar na lista da Forbes das atrizes mais bem pagas ao longo dos anos. Em 2017, a Forbes estimou seu patrimônio líquido em US$ 200 milhões – um valor que levou em conta a receita de “Friends” e outros trabalhos de atuação, bem como trabalhos de modelo e patrocínios.
Mais recentemente, Jennifer Aniston conseguiu um prêmio de US$ 1 milhão por episódio (e uma indicação ao Emmy) por seu papel como o âncora de notícias Alex Levy no drama da Apple TV + de 2019 “The Morning Show”.
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