Aumento da produção e das vendas e mais contratações marcaram a aceleração do crescimento da indústria brasileira em maio, apesar da elevação de casos de Covid-19 e das restrições no país, mostrou a pesquisa do PMI (Índice de Gerentes de Compras) hoje (1°).
A IHS Markit informou que seu PMI para o setor industrial do Brasil subiu a 53,7 em maio, de 52,3 em abril, indo mais acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, e indicando melhora na saúde do setor.
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“É encorajador ver a rapidez com que o setor industrial se recuperou da recente queda relacionada à nova onda de casos de Covid-19. As taxas de expansão no índice de novos pedidos e de produção foram modestas, mas houve uma recuperação sólida nos postos de trabalho nas fábricas e no otimismo dos negócios”, afirmou a diretora associada de economia da IHS Markit, Pollyanna De Lima.
Os produtores de bens informaram crescimento das novas encomendas no mês, associando a primeira alta em três meses à melhora das condições da demanda. Entretanto, esses ganhos foram contidos pela pandemia de Covid-19. Com isso o volume de produção na indústria brasileira aumentou, depois de dois meses seguidos de quedas.
As novas encomendas de exportação cresceram em maio pelo quarto mês seguido, embora a taxa tenha sido marginal. Aqueles que informaram alta citaram vendas mais fortes para clientes da América Latina.
O aumento dos pedidos e da demanda levou os produtores a elevar as contratações pelo segundo mês seguido, e a um ritmo sólido.
Por outro lado, a escassez de matéria-prima associada à depreciação do real levou a mais um aumento nos custos de insumos. A taxa de inflação diminuiu a uma mínima de dez meses, mas foi maior que qualquer uma vista antes da crise da Covid-19. Com isso, os preços de venda aumentaram a um ritmo mais acentuado do que qualquer outro visto antes da pandemia.
“Os problemas da cadeia de suprimentos permaneceram como um ponto, com muitas empresas sinalizando atrasos graves no recebimento dos itens comprados. Afunilamentos nas empresas de logística global, junto com a depreciação do real, também levaram a outro aumento acentuado nos custos de insumos sem precedentes antes da pandemia”, explicou De Lima.
Mas as expectativas de negócios melhoraram para uma máxima em três meses em maio, com o nível geral de confiança acima de sua média de longo prazo.
Segundo o IHS Markit, as empresas esperam que o progresso da vacinação, a diversificação de produtos, os investimentos e uma redução nas interrupções na cadeia de suprimentos sustentem o crescimento da produção ao longo dos próximos 12 meses. (com Reuters)
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