O Ibovespa abre em queda hoje (18), com baixa de 0,31%, a 127.655 pontos perto das 10h11, horário de Brasília. No cenário doméstico, as atenções estão direcionadas para a medida provisória que autoriza a privatização da Eletrobras, aprovada ontem no Senado, enquanto os mercados globais oscilam em dia de agenda econômica esvaziada. Ainda em Brasília, o dia é importante para os trabalhos da CPI da Covid-19, que irá definir uma lista de 12 pessoas que deixam de ser testemunhas e tornam-se investigadas pela Comissão.
O texto da privatização da Eletrobras, maior elétrica da América Latina, volta agora para a Câmara, onde deve ser apreciado até o dia 22 de junho. Apesar da aprovação pelos senadores, o texto sofre fortes críticas de associações e especialistas, que citam riscos de aumento do preço de energia à população.
O vencimento de opções sobre ações na Bolsa brasileira hoje deve colaborar para a volatilidade na sessão.
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O dólar recua frente ao real nos primeiros negócios desta sexta-feira, rondando o patamar de R$ 5,00 em meio à expectativa de juros mais altos no Brasil. Às 9h49, o dólar caía 0,16%, a R$ 5,015.
Para Marcelo Coutinho, diretor-executivo de Câmbio do BankRio, a queda do dólar está em linha com as expectativas do mercado, com a alta da Selic e o Boletim Focus indicando o moeda norte-americana a R$ 5,18 no fim do ano. “A queda que vimos deve continuar ao longo de 2021, alta de juros e queda do dólar, qualquer outro aspecto relacionado à política interna como o impasse nas reformas poderá influenciar negativamente o mercado gerando desvalorização do real frente ao dólar.”
Nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices de ações do país indicam abertura em queda. Em dia de agenda esvaziada no país, os investidores devem direcionar sua atenção ao comunicado do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, em português), do Federal Reserve, que antecipou o aumento dos juros no país para 2023, na última quarta-feira (16).
As ações europeias operam no vermelho nesta sexta-feira, monitorando os recuos nos preços das commodities enquanto o mercado segue digerindo a decisão do Federal Reserve dos EUA. O índice Stoxx 600 cai 0,75%; na Alemanha, o DAX recua 0,98%; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,62% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 1,04%; e o FTSE 100 desce 1,14%, no Reino Unido.
As vendas no varejo no Reino Unido em maio caíram 1,4% no comparativo mensal, revelaram estatísticas oficiais nesta sexta-feira, aquém da expansão de 1,6% esperada pelos economistas em pesquisa da agência Reuters. O IPP (Índice de Preços do Produtor) Alemão subiu 1,5% em maio frente abril, mais do que dobrando a previsão de consenso de 0,7%.
Na Ásia, as Bolsas fecharam mistas. O índice Shanghai, da China, caiu 0,01%; o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,85%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 0,04%. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,19%, após o Banco do Japão manter sua meta para os juros de curto prazo em -0,1% e para os rendimentos de longo prazo em torno de 0%, como esperado.
Os preços do petróleo caem pelo segundo dia consecutivo na sexta-feira, com expectativas de menor crescimento econômico frente ao aperto monetário futuro. Os futuros do petróleo Brent caem 0,7%, a US$ 72,58 o barril, estendendo uma queda de 1,8% ontem (17), enquanto os futuros do petróleo WTI recuam 0,5%, a US$ 70,66 o barril, após queda de 1,5% na quinta-feira.
Jansen Costa, sócio da Fatorial Investimentos, atenta para o cenário de queda das commodities nos últimos dias, que tem como consequência a queda da pressão sobre a inflação global. “Esse é um dos riscos que os analistas internacionais acompanham, então é importante se questionar se essa é uma mudança estrutural ou uma mudança de curto prazo, mas ainda não dá para ter a resposta”, afirma.
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