O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada para o nível mais baixo em quase 15 meses, enquanto os preços ao consumidor aumentaram mais em maio à medida que o controle da pandemia sobre a economia continua impulsionando a demanda interna.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do Estado totalizaram 376.000 em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 5 de junho, ante 385.000 pedidos na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho hoje (10).
Esse foi o nível mais baixo desde meados de março de 2020, quando a primeira onda de infecções por Covid-19 se alastrou pelo país, levando ao fechamento de empresas consideradas não essenciais.
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Já é a sexta semana consecutiva em que há uma queda nos pedidos. As dispensas estão diminuindo, com os empregadores lutando por mão de obra enquanto milhões de norte-americanos desempregados permanecem em casa devido a problemas em conseguir creches, aos generosos benefícios a desempregados e aos temores persistentes do vírus, embora as vacinas já estejam amplamente acessíveis nos EUA.
Economistas consultados pela Reuters previam 370 mil novos pedidos para a última semana.
Inflação
Em outro relatório nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,6% no mês passado após alta de 0,8% em abril, que havia sido a maior taxa desde junho de 2009.
Nos 12 meses até maio, o índice acelerou a 5,0%, maior alta anual desde agosto de 2008 e após 4,2% em abril. O resultado reflete em parte a queda das leituras do ano passado do cálculo. Economistas esperavam alta do índice de 0,4% em maio e de 4,7% no ano.
A inflação também pode ser impulsionada pelo aumento de salários à medida que os empregadores competem em meio à escassa mão de obra, apesar de o emprego ainda estar 7,6 milhões abaixo do pico em fevereiro de 2020 e um recorde de 9,3 milhões de vagas não preenchidas. Os salários aumentaram 0,5% em maio, com ganhos expressivos no setor de lazer e hotelaria.
A aceleração da inflação não terá impacto sobre a política monetária. O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou repetidamente que uma inflação mais alta será transitória. O banco central dos EUA reduziu sua taxa de juros de referência para quase zero no ano passado e está injetando dinheiro na economia por meio da compra mensal de títulos.
O Fed sinalizou que pode tolerar uma inflação mais alta por algum tempo para compensar os anos em que a inflação ficou abaixo da sua meta de 2%, uma média flexível. A medida de inflação preferida do banco, o índice PCE, excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, aumentou 3,1% em abril, a maior alta desde julho de 1992.
“Ainda não vimos o pico da inflação, mas isso deve ocorrer no trimestre atual, embora as pressões existentes devam manter o ritmo anual elevado para o restante de 2021”, disse Sam Bullard, economista sênior do Wells Fargo.
“Esperamos que a inflação diminua de forma mais perceptível na segunda metade de 2022, mas com as expectativas de inflação continuando firmes, o núcleo da inflação do PCE deve permanecer acima de 2,0% ao longo do nosso horizonte de projeção.”
Embora as demissões estejam diminuindo, os pedidos iniciais permanecem bem acima de 200.000 a 250.000, faixa vista como condizente com um mercado de trabalho saudável. As solicitações, no entanto, caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020.
É provável que haja novas reduções nos pedidos, já que os governadores republicanos em pelo menos 25 Estados norte-americanos, incluindo Flórida e Texas, estão cortando seus programas de auxílio a desempregados, financiados pelo governo federal, a partir de sábado.
Esses Estados respondem por cerca de 40% da economia norte-americana. Os benefícios que estão sendo encerrados incluem um auxílio-desemprego de US$ 300 semanais, que as empresas dizem estar desencorajando os desempregados a procurarem trabalho. (com Reuters)
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