Uma era de gastos descontrolados na Fórmula 1 foi bruscamente interrompida este ano, mas um grupo permanece intocado pelo primeiro limite orçamentário da série: os pilotos. As dez estrelas mais bem pagas da F1 devem arrecadar US$ 211 milhões em salários e bônus nesta temporada.
Na liderança deste grupo está o superastro da Mercedes Lewis Hamilton, que caminha para ganhar US$ 62 milhões nas pistas em 2021. Esse número inclui um salário-base de US$ 55 milhões – mais do que o dobro do que seu concorrente mais próximo -, bem como uma projeção de US$ 7 milhões em bônus por vitórias. Mas com Hamilton atualmente preso na vice-liderança na classificação geral e correndo o risco de perder o título de campeão apenas pela segunda vez nos últimos oito anos, essa conta não inclui o prêmio extra pela vitória, deixando-o um pouco aquém dos US$ 66 milhões recebidos em 2020, quando venceu 11 corridas e o campeonato.
Ao que tudo indica, Max Verstappen, da Red Bull Racing, é o piloto com mais chances de receber o prêmio pela vitória do campeonato, elevando sua projeção de ganhos para US$ 42 milhões em salários e bônus – o que lhe garante um confortável segundo lugar na lista dos pilotos mais bem pagos. Ele é seguido por Fernando Alonso, com US$ 25 milhões em sua temporada de estreia na Alpine.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
Hamilton, que tem quatro vitórias em dez corridas, ainda tem tempo para ultrapassar Verstappen, com a diferença na classificação de meros oito pontos e 12 corridas restantes no cronograma (além de uma 13ª se a F1 encontrar um substituto para o cancelado Grande Prêmio da Austrália em novembro). De qualquer forma, porém, Hamilton tem a garantia de liderar a corrida de ganhos da F1, como tem feito todos os anos desde 2014, quando derrubou Alonso do topo, com US$ 29 milhões em salários e bônus e US$ 32 milhões incluindo patrocínios.
Ainda assim, os salários dos pilotos devem continuar a compensar a lacuna do marketing. O novo limite de orçamento da F1, adotado nesta temporada, limita os gastos a US$ 145 milhões por equipe em 2021 e US$ 135 milhões até 2023 – uma mudança arrasadora nas principais equipes Mercedes, Ferrari e Red Bull Racing, cujos montantes ultrapassaram US$ 300 milhões e até US$ 400 milhões nos últimos anos. O regulamento as forçou a cortar despesas de design e pesquisa e eliminar dezenas de cargos, mas os salários dos pilotos permanecem isentos do cálculo do limite.
É claro que um esforço está atualmente em andamento para limitar esses gastos também, mas, pelo menos no curto prazo, espera-se que os pilotos ricos fiquem ainda mais ricos.
Veja, na galeria de fotos a seguir, os 10 pilotos mais bem pagos da Fórmula 1 em 2021.
-
Dan Institene/GettyImages 1. Lewis Hamilton
País de origem: Reino Unido
Equipe: Mercedes
Salário de 2021: US$ 55 milhões
Bônus acumulados no ano: US$ 4 milhões
Projeção de bônus em 2021: US$ 7 milhões
Ganhos totais (projeção): US$ 62 milhões
Lewis Hamilton, que substituiu Michael Schumacher na Mercedes em 2012, tornou-se um ícone no mesmo nível de seu antecessor. No ano passado, o piloto igualou o recorde de Schumacher com seu sétimo campeonato e dominou a competição com seus ganhos, assim como Schumacher, o atleta mais bem pago do mundo em 2000 e 2001, o fez. O atleta de 36 anos acabou de assinar uma extensão de contrato de dois anos com a Mercedes, seguindo um acordo de três anos de US$ 140 milhões em 2015 e outro de dois anos de US$ 100 milhões em 2018. Hamilton também é o fundador da X44 , uma equipe da nova modalidade de corrida SUV elétrica off-road Extreme E.
-
David Ramos/GettyImages 2. Max Verstappen
País de origem: Holanda
Equipe: Red Bull Racing
Salário de 2021: US$ 25 milhões
Bônus acumulados no ano: US$ 5 milhões
Projeção de bônus em 2021: US$ 17 milhões
Ganhos totais (projeção): US$ 42 milhões
Vindo de resultados consecutivos em terceiro lugar em 2019 e 2020, Max Verstappen atingiu um novo nível em 2021, com cinco vitórias e uma vantagem sobre Lewis Hamilton – mesmo depois de uma colisão polêmica com o rival tirá-lo da corrida de domingo (18) e estreitar sua vantagem para oito pontos. Verstappen tem apenas 23 anos, mas é uma estrela estabelecida: em 2015, aos 17 anos, tornou-se o piloto mais jovem da história da F1 e também o mais jovem a vencer uma corrida um ano depois. Verstappen – cujo pai, Jos, também correu na F1 – foi eleito a personalidade do ano em 2015, 2016 e 2017 pela Fédération Internationale de l’Automobile, o órgão regulador do automobilismo.
-
Clive Rose/GettyImages 3. Fernando Alonso
País de origem: Espanha
Equipe: Alpine
Salário de 2021: US$ 25 milhões
Bônus acumulados no ano: não há
Projeção de bônus em 2021: não há
Ganhos totais (projeção): US$ 25 milhões
Depois de dois anos longe das pistas de F1, Fernando Alonso está de volta à Alpine. O piloto de 39 anos, que já esteve no centro dos escândalos da série Spygate e Crashgate, se reconstruiu como um atleta extremamente popular, que ampliou seus horizontes no esporte. Nos últimos anos, ele competiu nas 500 milhas de Indianápolis, participou do Rally Dakar e venceu as corridas 24 Horas de Le Mans e 24 Horas de Daytona.
-
Dan Institene/GettyImages 4. Sergio Pérez
País de origem: México
Equipe: Red Bull Racing
Salário de 2021: US$ 5 milhões
Bônus acumulados no ano: US$ 5,5 milhões
Projeção de bônus em 2021: US$ 13 milhões
Ganhos totais (projeção): US$ 18 milhões
Sergio Pérez está em seu primeiro ano na Red Bull Racing, depois de duas temporadas no Racing Point (agora Aston Martin). Sobre o piloto de 31 anos pesa a responsabilidade de despertar o interesse de seu país natal pelo esporte.
-
Anúncio publicitário -
Mark Thompson/GettyImages 5. Sebastian Vettel
País de origem: Alemanha
Equipe: Aston Martin
Salário de 2021: US$ 15 milhões
Bônus acumulados no ano: não há
Projeção de bônus em 2021: não há
Ganhos totais (projeção): US$ 15 milhões
Sebastian Vettel ganhou quatro campeonatos consecutivos com a Red Bull, de 2010 a 2013, antes de mudar para a Ferrari, uma passagem que terminou com uma decepcionante temporada em 2020 para o piloto e para a equipe. Agora competindo pela renomada Aston Martin depois de assumir o lugar de Sergio Pérez, Vettel conduz outra temporada bem abaixo de seus padrões. No entanto, o jovem de 34 anos ainda tem mais vitórias em corridas na carreira do que qualquer outro, com exceção de Lewis Hamilton ou Michael Schumacher.
-
Will Taylor/GettyImages 6. Charles Leclerc
País de origem: Mônaco
Equipe: Ferrari
Salário de 2021: US$ 12 milhões
Bônus acumulados no ano: não há
Projeção de bônus em 2021: não há
Ganhos totais (projeção): US$ 12 milhões
Charles Leclerc, um produto da Ferrari Driver Academy, está em sua terceira temporada com a escuderia, em um contrato que vai até 2024. Em 2019, na sua primeira temporada com a equipe, ele conquistou dez pódios, número que caiu para dois no ano passado. Este ano, no entanto, tem sido uma decepção para a equipe mais valiosa da F1 e para o piloto de 23 anos. Mas ele pode estar ganhando impulso: no domingo (18), o piloto conquistou o segundo lugar no Grande Prêmio da Inglaterra.
-
Pool/GettyImages 7. Valtteri Bottas
País de origem: Finlândia
Equipe: Mercedes
Salário de 2021: US$ 10 milhões
Bônus acumulados no ano: não há
Projeção de bônus em 2021: não há
Ganhos totais (projeção): US$ 10 milhões
Depois de terminar como vice-campeão em 2019 e 2020, Valtteri Bottas teve um início frustrante em 2021, alimentando especulações de que a Mercedes poderia substituí-lo após cinco temporadas com a equipe, talvez por George Russell, da Williams. O piloto de 31 anos, no entanto, subiu ao pódio no domingo (18).
-
Mark Thompson/GettyImages 7. Daniel Ricciardo
País de origem: Austrália
Equipe: McLaren
Salário de 2021: US$ 10 milhões
Bônus acumulados no ano: não há
Projeção de bônus em 2021: não há
Ganhos totais (projeção): US$ 10 milhões
Daniel Ricciardo, lutando para se ajustar em sua temporada de estreia pela McLaren, foi ofuscado por seu companheiro de equipe Lando Norris. O piloto de 32 anos é conhecido como o texugo do mel, por uma atitude às vezes mascarada por seu grande sorriso.
-
Robert Cianflone/GettyImages 9. Lando Norris
País de origem: Reino Unido
Equipe: McLaren
Salário 2021: US$ 3 milhões
Bônus acumulados no ano: US$ 2,5 milhões
Projeção de bônus em 2021: US$ 6 milhões
Ganhos totais (projeção): US$ 9 milhões
Lando Norris, que chegou como piloto júnior da McLaren e está em sua terceira temporada com a equipe principal, assinou uma prorrogação de contrato em maio e está em terceiro na classificação de pilotos. O jovem de 21 anos lançou uma equipe de esportes eletrônicos no ano passado.
-
Samo Vidic/GettyImages 10. Carlos Sainz
País de origem: Espanha
Equipe: Ferrari
Salário 2021: US$ 8 milhões
Bônus acumulados no ano: não há
Projeção de bônus em 2021: não há
Ganhos totais (projeção): US$ 8 milhões
Carlos Sainz ganhou elogios por acompanhar seu companheiro de equipe Charles Leclerc em sua temporada de estreia na Ferrari, a quarta equipe de sua relativamente breve carreira. Filho de um campeão de rally, o jovem de 26 anos teve a nada invejável tarefa de substituir Fernando Alonso (na McLaren) e Sebastian Vettel (na Ferrari).
1. Lewis Hamilton
País de origem: Reino Unido
Equipe: Mercedes
Salário de 2021: US$ 55 milhões
Bônus acumulados no ano: US$ 4 milhões
Projeção de bônus em 2021: US$ 7 milhões
Ganhos totais (projeção): US$ 62 milhões
Lewis Hamilton, que substituiu Michael Schumacher na Mercedes em 2012, tornou-se um ícone no mesmo nível de seu antecessor. No ano passado, o piloto igualou o recorde de Schumacher com seu sétimo campeonato e dominou a competição com seus ganhos, assim como Schumacher, o atleta mais bem pago do mundo em 2000 e 2001, o fez. O atleta de 36 anos acabou de assinar uma extensão de contrato de dois anos com a Mercedes, seguindo um acordo de três anos de US$ 140 milhões em 2015 e outro de dois anos de US$ 100 milhões em 2018. Hamilton também é o fundador da X44 , uma equipe da nova modalidade de corrida SUV elétrica off-road Extreme E.
Metodologia
Com poucos valores de salários disponíveis publicamente, a Forbes se baseou na análise de documentos financeiros, registros legais e vazamentos de informações para a imprensa, bem como em conversas com especialistas do setor e consultores para compilar esta lista. Os pilotos normalmente recebem um salário-base mais bônus por pontos marcados ou por vitórias em corridas ou campeonatos, com o valor dependendo do tamanho da equipe e da experiência do atleta. As projeções de bônus para o ano inteiro são baseadas nos resultados das primeiras dez corridas da temporada, partindo do pressuposto de que cada piloto marcará uma proporção semelhante de pontos e vitórias para o restante da temporada; os cálculos são baseados na programação atualmente confirmada de 22 corridas. A Forbes não deduz impostos ou taxas de agentes.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.