A dívida pública federal cresceu 3,07% em junho sobre o mês anterior, atingindo R$ 5,330 trilhões, sob o impacto de mais um volume expressivo de emissão de títulos, mostraram dados divulgados pelo Tesouro Nacional hoje (28).
No período, a dívida pública interna cresceu 3,29%, a R$ 5,103 bilhões, com uma emissão líquida de R$ 133,43 bilhões.
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Os recursos captados reforçaram a reserva de liquidez do Tesouro, que foi a R$ 1,167 trilhão, suficiente para fazer frente à quase a totalidade dos vencimentos de dívida dos próximos 12 meses (R$ 1,183 trilhão). Em linha com estratégia já explicitada pelo Tesouro para 2021, o caixa está bem acima do nível visto pela equipe econômica como prudencial, que é de três meses de rolagens.
Já o estoque da dívida pública externa caiu 1,77% em junho, a R$ 226,67 bilhões, refletindo a valorização do dólar frente ao real no mês.
O prazo médio das emissões do Tesouro, que caiu substancialmente durante a crise da pandemia em meio a preocupações fiscais, subiu pelo segundo mês consecutivo em junho, para 4,58 anos. Já o prazo médio do estoque da dívida recuou ligeiramente para 3,73 anos, ante 3,78 anos em maio.
“Temos observado ao longo dos meses de 2021 uma melhora significativa dos mercados, uma recuperação em relação ao que observamos em 2020, isso tem ocorrido de uma forma bastante gradual e consistente”, disse o coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas, ao comentar o alongamento das emissões. Ele disse esperar que essa tendência se mantenha ao longo dos próximos meses.
Em relação à composição, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida pública federal, com participação de 35,07% do total, ligeiramente abaixo do 35,39% de abril.
Já os títulos prefixados, que dão mais previsibilidade à gestão da dívida, avançaram a 33,33% da dívida, ante 32,95% no mês anterior. Os papéis indexados à inflação, por sua vez, aumentaram para 27,13%, ante 26,95% em maio.
Em relação aos detentores, a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna recuou a 9,71%, frente a 9,87% em maio. Essa queda se deu a despeito do crescimento do volume de títulos na mão dos estrangeiros no período, refletindo o aumento maior das carteiras das instituições financeiras, cuja participação no estoque chegou a 30,74%. (Com Reuters)
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