O Ibovespa opera em alta no início do pregão hoje (2), com avanço de 0,68% aos 126.515 pontos perto das 10h10 no horário de Brasília. Os mercados globais digerem nesta manhã os números do Payroll nos Estados Unidos: o Departamento de Trabalho do país anunciou a criação de 850 mil novos empregos urbanos em junho, acima da expectativa do Refinitiv, de 700 mil novas vagas e dos 559 mil postos registrados em maio. A taxa de desemprego no país aumentou 0,1 ponto percentual, a 5,9% no mês, enquanto economistas esperavam queda a 5,7%.
No Brasil, a instabilidade política vista na CPI da Covid-19 atravanca o avanço de pautas econômicas do governo no Legislativo. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a equipe de Paulo Guedes, ministro da Economia, teme os efeitos da crise política nas reformas econômicas. Enquanto isso, a semana é encerrada sem um planejamento consistente de combate à crise hídrica.
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Nos indicadores, a produção industrial brasileira registrou alta de 1,4% em maio na comparação com o mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira. Na comparação anual, a produção subiu 24%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 1,7% na variação mensal e de 25% na base anual.
A inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor), divulgada hoje pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), encerrou junho com alta de 0,81%, após ter subido 0,41% em maio, sob pressão dos custos de Habitação. Ainda hoje, o ONS (Operador Nacional do Sistema) reporta dados sobre carga de energia e chuvas; e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica publica o PLD (preço de liquidação das diferenças) de energia, importantes para monitorar o andamento da crise hídrica no país.
O dólar recua ante o real nesta sexta-feira, após os dados de emprego dos EUA, definidor para os futuros da política monetária do Fed. Às 10h10, a moeda era negociada em baixa de 0,80%, a R$ 5,0051.
Os futuros norte-americanos apontam para uma abertura em alta, após a divulgação do Relatório de Empregos (Payroll). Na análise de Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, os números podem ser um grande divisor de águas para a dinâmica de curto prazo dos ativos de risco, já que compõem um dos três pilares que sustentam a atual política monetária de estímulos do Fed: dados de inflação, de mercado de trabalho e situação da pandemia.
“Se um deles começar a sinalizar que o Fed não precisaria atuar da maneira como ele atua, ele pode rever a sua política na retirada de estímulos, e [dependendo] da maneira como isso acontecer e for anunciado, vai se traduzir em uma reação mais forte ou fraca do mercado”, apontou Villegas.
As Bolsas europeias são negociadas em alta, com investidores reagindo ao relatório de empregos dos EUA. O bloco do Euro divulgou o IPP (Índice de Preços ao Produtor) de maio, o qual registrou alta de 1,3% na comparação mensal, e aumento de 9,6% frente ao ano anterior. As variações de preços na porta das fábricas são geralmente transmitidas aos consumidores finais, portanto, prenunciam as tendências na inflação que o BCE (Banco Central Europeu) visa com a sua política monetária. A inflação na zona do euro diminuiu em junho para 1,9%, em linha com as expectativas do BCE.
O Stoxx 600 cresce 0,41%; na Alemanha, o DAX sobe 0,55%; o CAC 40 valoriza 0,14% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,30%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 avança 0,19%.
Por fim, os mercados asiáticos fecharam a semana com resultados variados. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu a 1,80%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em baixa de 0,32%; enquanto no Japão, o índice Nikkei valorizou 0,27%; e na China, o índice Shanghai, recuou 1,95%.
A referência do minério de ferro negociada em Dalian registrou nesta sexta-feira sua segunda semana consecutiva de perdas, em momento em que a China amplia esforços para conter sua produção de aço e cumprir metas de emissões de carbono. O contrato mais negociado do minério de ferro na Bolsa de Commodities de Dalian, para setembro, fechou em alta de 0,8%, a 1.182,50 iuanes (US$ 182,41) por tonelada.
Os preços do petróleo operam em queda nesta sexta-feira, após os Emirados Árabes Unidos bloquearem um acordo para devolver 2 milhões de bpd (barris por dia) ao mercado no segundo semestre do ano. Se esse impasse persistir, o acordo de saída de julho será executado automaticamente ao longo de agosto, afirmou à agência Reuters o analista da StoneX, Kevin Solomon.
“Esse seria um cenário preocupante para a economia global. O mercado de petróleo iria contrair a uma taxa ainda mais rápida e os preços poderiam rapidamente ultrapassar US$ 80 o barril, o que prejudicaria as perspectivas de crescimento econômico global através de pressões inflacionárias.” Por volta das 9h50, os futuros do petróleo Brent caíram 0,16%, a US$ 75,72 o barril, enquanto o WTI recuava 0,20%, a US$ 75,08. (com Reuters)
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