O Ibovespa opera em alta no início do pregão de hoje (12), com avanço de 0,68% aos 126.285 pontos perto das 10h12, horário de Brasília. Os mercados globais seguem acompanhando a disseminação da variante Delta e o início da temporada de balanços nos Estados Unidos. No Brasil, dados do Boletim Focus direcionam o mercado e a forte instabilidade política segue no radar.
Nos indicadores, o Focus passou a ver maior aperto monetário tanto neste ano quanto no próximo, em meio a projeções cada vez mais elevadas para a inflação. O levantamento semanal apontou ainda aumento de 0,04 ponto percentual na expectativa para a alta do IPCA em 2021, a 6,11%, enquanto a projeção para 2022 caiu 0,02 ponto, a 3,75%
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A expectativa para a taxa básica de juros Selic ao final deste ano passou a 6,63% na mediana das projeções, de 6,50% no levantamento anterior. Para 2022, a Selic passou a ser vista em 7,0%, de 6,75%. A estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) melhorou para este ano e chegou a 5,26%, de 5,18% anteriormente. Mas para o ano que vem houve ligeiro recuo de 0,01 ponto, a 2,09%.
Com relação à taxa de câmbio, a expectativa de negociação da moeda avançou a R$ 5,05 para o fim do ano, frente ao cálculo de R$ 5,04 na semana anterior. Enquanto isso, a inflação de São Paulo, medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor), da primeira quadrissemana de julho, registrou alta de 0,86%, acima do crescimento de 0,81% registrado na quadrissemana anterior.
Na agenda de Brasília, o governo espera aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) ainda esta semana, e o calendário prevê hoje como o prazo limite para a sanção da Medida Provisória da Eletrobrás pelo presidente Jair Bolsonaro. A semana ainda deve contar com a continuidade das discussões acerca da reforma tributária.
O dólar avança ante o real nesta segunda-feira, sustentado pelo clima político tenso em Brasília, enquanto os investidores globais acompanham a disseminação da variante Delta da Covid-19. Às 10h14, a moeda subia 0,26%, a R$ 5,2475.
Os índices futuros norte-americanos apontam para abertura em queda, às vésperas do início da temporada de balanços do segundo trimestre em Wall Street, enquanto investidores ainda monitoram a variante Delta pelo mundo. Pablo Spyer, economista-sócio da XP Investimentos, aponta que “os mercados amanhecem arrefecendo um pouco e realizando lucros, algo natural depois de tanto recorde”, se referindo à máxima histórica alcançada pelos índices norte-americanos na última sexta-feira (9), após uma sequência de sete recordes em alta.
As ações europeias operam mistas, com os mercados atentos à situação do coronavírus na região, mas acompanhando o movimento de alta das Bolsas asiáticas. O Stoxx 600 sobe 0,14%; na Alemanha, o DAX opera em estabilidade; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,12% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,25%; e o FTSE 100 tem recuo de 0,49%, no Reino Unido.
O mercado asiático fechou o dia majoritariamente em alta. O Banco Central chinês anunciou um corte obrigatório de 0,05 ponto percentual na taxa de reserva de bancos no país, a partir do dia 15 deste mês. A medida indica uma redução na quantidade de dinheiro que bancos precisam reter em seus cofres, com o intuito de impulsionar a economia do país, já que a decisão aumenta a liquidez de dinheiro.
O índice Shanghai subiu a 0,67% ao longo do dia; o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,62%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou com queda de 0,03%; no Japão. Enquanto o índice Nikkei avançou 2,25%, apesar do governo japonês determinar um novo estado de emergência em Tóquio nesta segunda-feira, devido à situação da pandemia no país.
Os contratos futuros do aço negociados em Xangai ampliaram ganhos nesta segunda-feira, depois que a medida de afrouxamento monetário desencadeou um rali guiado por preocupações com cortes de produção no país, maior produtor global de aço. O vergalhão de aço negociado na bolsa de futuros de Xangai fechou em alta de 1,4%, a 5.432 iuanes (US$ 839) por tonelada, enquanto o contrato mais ativo do minério de ferro da Bolsa de Dalian, para setembro, fechou em alta de 1,5%, a 1.188,50 iuanes por tonelada.
Os preços do petróleo bruto caem nesta segunda-feira, já que as preocupações com a desaceleração do crescimento global superaram a perspectiva de aperto na oferta, depois que as negociações da Opep+ para aumentar a produção pararam. Por volta das 9h50, o petróleo Brent caía 1,10%, a US$ 74,72 por barril, enquanto o WTI recuava 1,05%, para US$ 73,78.
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