A polícia britânica confiscou cerca de US$ 250 milhões em criptomoedas durante uma investigação sobre lavagem de dinheiro, anunciou a Polícia Metropolitana de Londres hoje (13), marcando uma das maiores apreensões de ativos digitais do mundo e quebrando um recorde estabelecido pela mesma instituição no mês passado.
A apreensão, que segue um roubo de US$ 160 milhões em criptomoedas realizado há três semanas, é parte de uma investigação em andamento sobre a lavagem de dinheiro internacional pelo Comando de Crime Econômico do país.
O confisco dos recursos aconteceu após uma mulher de 39 anos ser presa por “suspeita de crimes de lavagem de dinheiro” em 24 de junho. Após o interrogatório, a suspeita foi libertada sob fiança, segundo a polícia britânica, que não revelou quais criptomoedas foram apreendidas e tampouco forneceu maiores detalhes sobre a investigação.
O detetive de polícia Joe Ryan disse que “a apreensão é outro marco significativo na investigação, que continuará por meses à medida que focamos naqueles que estão no centro desta operação suspeita de lavagem de dinheiro”.
As criptomoedas são negociadas digitalmente e são relativamente anônimas, o que facilita o uso internacional e as torna atraentes para transações ilegais. O espectro de crime financeiro tem sido um forte motivador para que os órgãos reguladores em todo o mundo reforcem a fiscalização dos ativos digitais.
Com a crescente demanda por serviços de criptomoedas, em parte estimulada por um aumento no valor de muitos ativos importantes e tokens durante a pandemia, muitas instituições financeiras aderiram ao mercado de criptomoedas, incluindo JPMorgan, BNY Mellon, Morgan Stanley e BlackRock. Apesar disso, a incerteza regulatória dificulta a ampla adoção e deixa consumidores relativamente desprotegidos.
A lavagem de dinheiro é uma preocupação comum entre os reguladores, assim como a fraude fiscal, o terrorismo e o tráfico de drogas. Os ativos digitais também são o método de pagamento escolhido pelos hackers em ataques ransomware, o que aumenta a demanda por um maior controle regulatório.
Embora o “produto do crime seja desviado de muitas maneiras diferentes”, disse o vice-comissário Graham McNulty, as associações de crimes organizados estão cada vez mais “usando criptomoedas para lavar seu dinheiro sujo”.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.