A lista Forbes Under 30, que tem sua versão brasileira publicada desde 2014, é uma das referências em elencar jovens profissionais em destaque no cenário nacional. Entre empreendedores, criadores e game-changers de até 30 anos nos mais diversos setores, a lista já apresentou nomes como Camila Coutinho, Marina Ruy Barbosa, Caio Castro e Felipe Neto, entre muitas outras personalidades.
As inscrições para a versão de 2021 do Under 30 estão abertas e, por isso, a Forbes irá revisitar mensalmente o trabalho e a atuação de representantes das edições anteriores. Em julho, os destaques são as personalidades da Indústria, categoria que já reconheceu 26 jovens prodígios.
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Veja, na galeria de imagens a seguir, as histórias e por onde andam Bruno Sindona, Juliana Martinelli, Bruno Esperança, David Pinto e Gabriela Silvarolli:
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Divulgação Bruno Sindona, Sindona Incorporadora, 32
“Pouca gente passa pela lista sendo da área de construção civil, que não é um assunto muito atrativo para as pessoas”, diz Bruno Sindona, fundador da Sindona Incorporadora. Aos 32 anos, ele recorda seu aparecimento na Under 30 de 2018, quando aproveitou o seu último ano na casa dos 20 anos para ganhar destaque na Forbes. “Para mim, foi um divisor de águas no quesito credibilidade, principalmente nesse setor de indústria. Coincidência ou não, crescemos muito após esse reconhecimento.”
A construtora civil fundada em 2007 já vivia um período promissor em 2018, desenvolvendo, na época, três empreendimentos em São Paulo. “Hoje, temos mais de R$ 1 bilhão em projetos. Cerca de nove construções em desenvolvimento”, conta Sindona. “Se você me pedir um apartamento, não tenho nenhum para vender. Tudo que eu tenho na rua já está vendido.” O sucesso da empresa não é medido apenas na relação de compra e venda. Desde 2018, algumas mudanças estruturais fizeram com que a companhia se fortalecesse.
Como uma incorporadora com diversidade de serviços, nos últimos anos a Sindona foi dividida em dez negócios diferentes: área de construção, imobiliária, vendas, marketing, tecnologia, desenvolvimento humano, reurbanização de favelas e muito mais. De certa forma, todos os pilares da empresa-mãe estão divididos e trabalhando para um mesmo fim. “Eu sou CEO de dez companhias”, brinca o fundador.
Com mais de 1.930 unidades de moradia em processo de construção, a meta, é claro, é crescer ainda mais. “Daqui uns quatro anos queremos inaugurar um modelo de franqueamento. A ideia é expandir para outros estados e, em cerca de dez anos, estar presente no Brasil inteiro”, revela o executivo. Como se não fosse o bastante, Sindona revela um projeto inovador que planeja lançar em 2022: comunidades planejadas para desenvolvimento humano.
Mais do que moradia, o objetivo do projeto é criar condomínios por assinatura para pessoas de baixa renda. “Queremos oferecer acesso à internet, portal de cursos, aulas de capacitação através de parcerias com grandes empresas e oportunidades de emprego. Mais do que um aluguel, queremos que as pessoas se sintam em uma comunidade e recebam apoio para desenvolvimento pessoal”, explica. Focado em cidades como Osasco, Cotia, Taboão da Serra e Itapevi, Sindona espera ajudar áreas que possuem espaço para crescer com qualidade. “O que eu negocio com a população é a credibilidade. Preciso que acreditem em mim, por isso o reconhecimento é tão importante. Títulos não são troféus, mas funcionam muito bem como indicadores”, conclui.
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Divulgação Juliana Martinelli, InovaHouse3D, 29
Quando Juliana Martinelli saiu na lista Under 30 da Forbes, em 2019, a InovaHouse3D ainda era um recém-nascido. “Eu tinha acabado de terminar a primeira máquina quando apareci na lista. Estava finalizando pesquisa e desenvolvimento da tecnologia”, lembra a jovem. “Estava no carro quando recebi a notícia de que entraria nessa seleção, então sai andando sem rumo”, completa entre risadas. Hoje, dois anos mais velha, aos 29, Juliana tem muita novidade para contar.
Sua empresa, que até então estava desenvolvendo a tecnologia, já tem o seu primeiro projeto comercial fechado em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira. “Vamos imprimir vilas autossustentáveis – 20 unidades habitacionais, uma creche, uma escola e um posto de saúde – 3D para moradia da população na extrema pobreza”, diz orgulhosa. “Serão doações, então já estamos selecionando as famílias que vão receber essas habitações, provavelmente no Norte e no Nordeste, que possuem as menores taxas de renda per capita.” O projeto-piloto vai dar partida ao que pode ser, no futuro, um programa de habitação nacional, com doações em diversos estados.
Para fortalecer ainda mais a relação entre a empresa e a Cruz Vermelha, Juliana também revela ser responsável pela construção da nova sede da instituição, que está migrando do Rio de Janeiro para Brasília. Essas conquistas, claro, andam de mãos dadas com o estudo constante da tecnologia. “Também estamos abrindo uma linha de pesquisa na UnB (Universidade de Brasília) sobre bioconstrução e novos materiais para a construção civil, como barro e madeira. Qual o futuro material da construção civil? É isso que queremos descobrir”, explica.
As máquinas da InovaHouse3D também estão ajudando as pesquisas do Instituto Senai de Inovação e, no ano passado, impactaram na construção da primeira casa construída com impressora 3D do Brasil, em Macaíba, no Rio Grande do Norte. Desenvolvida pela 3D Home Construction, a habitação experimental é um orgulho para Juliana, que acompanhou o avanço de perto. “Acho que esse foi o grande papel inicial do meu projeto: motivar o surgimento de pesquisas brasileiras nesse tema e despertar o interesse da indústria em novas metodologias construtivas”, destaca.
Mais do que as próprias máquinas, Juliana também teve sua imagem como pesquisadora valorizada. “Fui nomeada como representante da juventude empreendedora do BRICS”, revela a arquiteta, que se anima por estar ao lado de países como China e Rússia, extremamente avançados na tecnologia de impressão 3D. Para ela, que conquistou tanto em poucos anos, o recado para a juventude é claro: “Se você tem uma ideia boa, aposte nela”.
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Divulgação Bruno Esperança, Esalflores, 34
Aos 29 anos, em 2016, Bruno Esperança apareceu na lista Under 30 da Forbes pela sua criatividade e faro por inovação. Diretor-geral da empresa familiar Esalflores desde os 22 anos, o jovem empreendedor foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento do negócio. Logo no início de sua gestão, trouxe para o Brasil as Flower Machines, máquinas automáticas de venda de flores parecidas com as de refrigerante, com investimento de R$ 1,5 milhão. Colocadas, estrategicamente, em aeroportos e rodoviárias, as máquinas são um prato cheio para quem quer surpreender alguém e não teve tempo de passar em uma floricultura.
Cinco anos após o aparecimento na lista, Esperança revela que tudo mudou – menos a prosperidade do negócio, claro. Na época, a família estava entrando no setor de cuidado animal com a Esalpet, que até então só tinha uma loja física. “Em 2016, eu tinha muita vontade, mas as coisas ainda estavam acontecendo lentamente”, revela. Desde então, os planos começaram a dar certo. Além do crescimento da Esalpet, que entrega em todo o Brasil e possui sete lojas em Curitiba, o grupo decidiu fundar a Esallabs, um espaço que produz inovação exclusiva para os negócios da família. “Antes, nosso trabalho tecnológico era uma junção de vários fornecedores. Agora, nós mesmos desenvolvemos e produzimos nossas inovações.”
Com integração completa entre todas as marcas, Esperança destaca ter mais controle sobre os movimentos do negócio, o que é essencial em uma empresa de expansão constante. “Semana que vem vamos inaugurar mais uma loja em Curitiba, de nove mil metros quadrados. Será um projeto diferente de tudo que já fizemos”, conta animado. “Criamos um ambiente que une todos os nossos negócios. É possível visitar o pet shop, o garden center e tomar um café no espaço que batizamos de Esalcafé, uma operação que também estamos controlando. A ideia é gerar uma experiência para os visitantes, não é um simples local de compra e venda”, explica.
“Se consolidado, o garden center será nosso modelo de expansão para outras cidades”, diz Esperança. “Essa é nossa maior aposta.” Com entregas em mais de 1.200 cidades e mais de 50 máquinas espalhadas por todo o país, o grupo já possui atuação nacional, no entanto, há mais opções de produtos no Sul e no Sudeste, que possuem lojas físicas. “Estamos até pensando em disponibilizar uma plataforma online em parceria com outras floriculturas. Assim podemos chegar em todos os cantos com apoio de redes locais”.
O empreendedor, que foi reconhecido pela Under 30 por sua capacidade de inovação, continua acreditando que a criatividade é a chave do sucesso. Em meio a pandemia, quando as floriculturas foram fechadas, ele explorou todos os recursos digitais possíveis, inclusive a navegação ao vivo, famoso tour online já que o estabelecimento estava fechado. “Estamos sempre tentando nos reinventar. Às vezes, é o caos que faz com que a gente se mova”, conclui.
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Divulgação Gabriela Silvarolli, Corello, 24
Fundada em 1964, a Corello é referência em calçados, bolsas e acessórios femininos no Brasil. Gabriela Silvarolli, embora muito jovem, faz parte dessa história. Bisneta do fundador, a empreendedora cresceu no ambiente e, aos 22 anos, começou a se destacar cuidando da área de marketing e da repaginação da empresa para os tempos modernos. Nesse mesmo ano, foi destaque na lista Under 30 de 2018.
Desde então, surgiram muitas novidades na sua vida. “Nos últimos dois anos, eu assumi mais áreas de responsabilidade. Estou à frente do marketing, de toda a parte comercial e do setor de projetos especiais. Como sou designer, tive a oportunidade de criar minha própria linha dentro da Corello, a ‘Corello by Gabi S’”, conta a executiva. “É incrível poder criar algo com a minha cara e essência.”
O desenvolvimento pessoal de Gabriela também foi acompanhado pelo crescimento da empresa. Além das novas lojas físicas, em Ribeirão Preto e Goiânia, a área online do negócio se fortaleceu muito – principalmente em tempos de pandemia. “50% dos nossos buyers no online, durante a pandemia, eram consumidores novos”, revela. “Já estávamos nesse movimento antes, mas ele foi acelerado no ano passado. Agora temos um sistema omnichannel com canais integrados. Todo um atendimento digital que não perde para o presencial.” Mesmo assim, o plano para os próximos anos é expandir as lojas físicas por todos os estados do país. Hoje, com 24 lojas no Sudeste e no Centro Oeste, a meta é dobrar esse número em cinco anos.
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Divulgação David Pinto, Grupo One Par e Grupo 10x, 36
Enquanto organizava seu casamento, em 2010, o administrador de empresas David Pinto enxergou na dificuldade para encontrar mão de obra qualificada uma oportunidade de negócio. Junto de sua esposa, fundou a Dr. Resolve, uma empresa para reunir profissionais especializados em pequenas reformas e reparos. Aparentemente, mais pessoas passavam pela mesma dificuldade do administrador. Após quatro anos, em 2014, o negócio ganhou destaque e colocou o empreendedor, aos 29 anos, na primeira lista Under 30 da história da Forbes Brasil.
“Dr. Resolve foi o nosso primeiro negócio. Abrimos seus serviços em quatro países e conquistamos centenas de franqueados. No entanto, dois anos após aparecer na lista da Forbes, em 2016, nós recebemos uma proposta e decidimos vender a empresa”, conta Pinto. “Muita gente acredita que só se vende uma companhia quando algo está errado, mas não é assim que funciona. Nosso negócio deu tão certo que alguém se interessou pela compra e fez uma proposta chamativa.” Para ele, o que motivou a transação, além do valor atrativo oferecido – o qual ele não quis revelar -, foi a inquietude empreendedora. “Eu gosto de buscar desafios novos. Naquele momento, a empresa estava muito estabilizada e já não me empolgava.” A solução para isso foi simples: mudar de área.
No mesmo ano da venda, o empreendedor fundou a holding de franquias 10x. “Funcionamos como uma aceleradora. Entramos no negócio, expandimos e, em cerca de três anos, vendemos a nossa posição”, explica. “Antes da Dr. Resolve eu já trabalhava como executivo na área de franquias, então eu percebi que tinha um conhecimento que podia ser replicado por outras empresas.” Trabalhando com outros setores, a empolgação pelo trabalho voltou, o que fez com que o Grupo One Par nascesse.
“Criamos um grupo com franquias nossas também. Na One Par, temos a cafeteria Duckbill e a rede de depilação LaserFast”, revela. Atuando desde 2018 nesses empreendimentos, a cafeteria – a qual o empreendedor tem 50% de participação -, já conta com 200 franquias pelo país. Enquanto a LaserFast, 100% do executivo, possui 150 lojas próprias, emprega mais de 1.500 pessoas e espera fazer seu IPO nos próximos dois ou três anos. “Quando o jogo fica fácil, precisamos deixá-lo mais difícil para sairmos da zona de conforto”, finaliza.
Bruno Sindona, Sindona Incorporadora, 32
“Pouca gente passa pela lista sendo da área de construção civil, que não é um assunto muito atrativo para as pessoas”, diz Bruno Sindona, fundador da Sindona Incorporadora. Aos 32 anos, ele recorda seu aparecimento na Under 30 de 2018, quando aproveitou o seu último ano na casa dos 20 anos para ganhar destaque na Forbes. “Para mim, foi um divisor de águas no quesito credibilidade, principalmente nesse setor de indústria. Coincidência ou não, crescemos muito após esse reconhecimento.”
A construtora civil fundada em 2007 já vivia um período promissor em 2018, desenvolvendo, na época, três empreendimentos em São Paulo. “Hoje, temos mais de R$ 1 bilhão em projetos. Cerca de nove construções em desenvolvimento”, conta Sindona. “Se você me pedir um apartamento, não tenho nenhum para vender. Tudo que eu tenho na rua já está vendido.” O sucesso da empresa não é medido apenas na relação de compra e venda. Desde 2018, algumas mudanças estruturais fizeram com que a companhia se fortalecesse.
Como uma incorporadora com diversidade de serviços, nos últimos anos a Sindona foi dividida em dez negócios diferentes: área de construção, imobiliária, vendas, marketing, tecnologia, desenvolvimento humano, reurbanização de favelas e muito mais. De certa forma, todos os pilares da empresa-mãe estão divididos e trabalhando para um mesmo fim. “Eu sou CEO de dez companhias”, brinca o fundador.
Com mais de 1.930 unidades de moradia em processo de construção, a meta, é claro, é crescer ainda mais. “Daqui uns quatro anos queremos inaugurar um modelo de franqueamento. A ideia é expandir para outros estados e, em cerca de dez anos, estar presente no Brasil inteiro”, revela o executivo. Como se não fosse o bastante, Sindona revela um projeto inovador que planeja lançar em 2022: comunidades planejadas para desenvolvimento humano.
Mais do que moradia, o objetivo do projeto é criar condomínios por assinatura para pessoas de baixa renda. “Queremos oferecer acesso à internet, portal de cursos, aulas de capacitação através de parcerias com grandes empresas e oportunidades de emprego. Mais do que um aluguel, queremos que as pessoas se sintam em uma comunidade e recebam apoio para desenvolvimento pessoal”, explica. Focado em cidades como Osasco, Cotia, Taboão da Serra e Itapevi, Sindona espera ajudar áreas que possuem espaço para crescer com qualidade. “O que eu negocio com a população é a credibilidade. Preciso que acreditem em mim, por isso o reconhecimento é tão importante. Títulos não são troféus, mas funcionam muito bem como indicadores”, conclui.
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