A política monetária dos Estados Unidos oferecerá “apoio poderoso” à economia “até que a recuperação esteja completa”, disse o chair do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, hoje (14), em comentários que descrevem o recente salto da inflação como temporário e focam a necessidade de ganhos contínuos de emprego.
Qualquer movimento para retirar o apoio à economia, reduzindo primeiro as compras mensais US$ 120 bilhões de títulos do banco central norte-americano, “ainda está longe”, disse Powell em uma audiência perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA.
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Apesar da recente alta no emprego, “ainda há um longo caminho a percorrer” para incluir milhões de pessoas que estão fora, muitas delas com salários mais baixos, trabalhadores negros ou hispânicos que foram mais afetados pela recessão desencadeada pela pandemia do coronavírus, disse Powell.
O chair do Fed abordou as preocupações sobre a inflação representar novos riscos próprios, dizendo que o ritmo de alta da inflação é mais rápido do que o esperado, mas irá se “moderar”, linguagem que indica que ele não vê necessidade de apressar a mudança em direção à uma política monetária pós-pandemia.
Os comentários de Powell também foram notáveis por excluir qualquer menção aos riscos da variante Delta do coronavírus para a recuperação, com o chair do Fed dizendo que o banco central espera forte ampliação do emprego no futuro “conforme as condições de saúde pública continuam melhorando”.
A inflação mais forte do que o previsto e um novo aumento nas infecções por coronavírus devido à variante Delta representam um potencial dilema para Powell, puxando as perspectivas para a política monetária em direções opostas.
Em um relatório ao Congresso na semana passada, o Fed disse que, à medida que as “circunstâncias extraordinárias” da reabertura diminuem, “a oferta e a demanda devem ficar mais alinhadas e a inflação deve cair”.
Powell comparecerá perante o Comitê Bancário do Senado amanhã (15). (Com Reuters)
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