O Vale do Silício tem uma nova ideia para persuadir empresas pequenas a se automatizarem: alugue um robô.
Uma melhor tecnologia e a necessidade de salários mais altos para pessoas levaram a um aumento em vendas de robôs para grandes empresas nos Estados Unidos, mas poucos chegam às fábricas menores, preocupadas com os grandes custos iniciais e a escassez de talento de engenharia de robôs.
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Investidores de risco, contudo, estão apoiando um novo modelo financeiro: alugar robôs, instalá-los e mantê-los, e cobrar as fábricas pela hora ou pelo mês, cortando o risco e os custos iniciais.
O sócio da Initialized Capital, Garry Tan, vê uma confluência de tecnologias mais baratas e melhores de visão computacional de robô e inteligência artificial, baixas taxas de juro e a ameaça de tensões entre EUA e China às cadeias de fornecimento gerando o interesse maior em aluguel de robôs.
“Está no centro de três das maiores mega tendências que estão impulsionando a sociedade no momento”, disse Tan.
O modelo de aluguel coloca grande parte do fardo financeiro em startups de robôs que ficam com o risco de um fabricante perder um contrato ou mudar um produto. Fábricas menores muitas vezes têm tiragens pequenas de produtos mais personalizados que não justificam um robô. E a Silicon Valley Robotics, um grupo da indústria que apoia startups de robôs, diz que, no passado, o financiamento era um desafio.
Ainda assim, alguns investidores renomados estão a bordo.
A Tiger Global, maior financiador de startups de tecnologia este ano, apoiou três empresas de robôs que oferecerão aluguéis em sete meses.
Melvin, o robô
Bob Albert, cuja família é dona da Polar Hardware Manufacturing, uma fábrica de estampagem de metal com 105 anos de vida, foi convencido pela Formic Technologies a pagar menos de US$ 10 dólares por hora para um robô, contra US$ 20 dólares para o trabalhador humano médio. Este mês, ele acompanhou um braço de robô pegar uma barra de metal de uma lata, girar e colocar em uma máquina mais antiga que a dobrou em uma maçaneta de 1,07 metro.
“Se o robô funcionar muito bem, vamos usá-lo bastante”, disse Albert, satisfeito com os resultados iniciais. “Se não funcionar, nenhum de nós se sairá muito bem. Temos menos em jogo e eles têm algo em jogo.”
A Westec Plastics, uma fábrica familiar de plástico em Livermore, Califórnia, pegou seu primeiro robô em janeiro de 2020 e agora tem três – batizados de Melvin, Nancy e Kim – da Rapid Robotics, que cobra US$ 3.750 por mês por robô no primeiro ano e US$ 2.100 a partir do segundo ano.
“Melvin trabalha 24 horas por dia, os três turnos, e substituiu três operadores plenos”, disse a presidente Tammy Barras, acrescentando que ela está economizando cerca de US$ 60 mil dólares em custos trabalhistas por ano apenas com um robô. “Tivemos que aumentar bastante os nossos salários este ano por causa do que está acontecendo no mundo. E, por sorte, o Melvin não aumentou a sua taxa. Ele não pede aumento.”
Barras, que tem 102 funcionários, afirmou que os robôs não podem substituir os humanos atualmente porque realizam apenas tarefas repetitivas e simples, como pegar um cilindro redondo de plástico e carimbar o logotipo da empresa no lado correto. (Com Reuters)
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