O bilionário e cofundador da Microsoft, Bill Gates, prometeu destinar US$ 1,5 bilhão para ajudar a combater as mudanças climáticas em parceria com o governo norte-americano, mas sugeriu que os fundos podem ir para outros países caso o Congresso dos Estados Unidos não aprove o projeto de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados do país.
Em declarações ao “Wall Street Journal”, Gates disse que sua empresa de investimento sem fins lucrativos com foco no clima, a Breakthrough Energy Catalyst, poderia financiar projetos que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa em um período de três anos.
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Segundo Gates, a provisão de US$ 25 bilhões prevista no texto do projeto de lei para iniciativas de demonstração com foco em clima – projetos de pequena escala usados para validar tecnologias – são essenciais para desenvolver novas tecnologias, testar a viabilidade de um projeto e, eventualmente, reduzir o preço de mercado da energia limpa.
Gates disse que ficaria “super decepcionado” se o projeto de lei não fosse aprovado e alertou que iniciativas semelhantes poderiam ganhar força na Europa e na Ásia, o que significa que os EUA podem ficar para trás na corrida pela “liderança” no setor.
Além dos US$ 25 bilhões para iniciativas de validação de tecnologias, o acordo de infraestrutura autoriza cerca de US$ 73 bilhões para expansão da rede de transmissão de energia renovável, e US$ 21 bilhões para ajudar a limpar antigas instalações industriais e de energia.
“O vital para todas essas tecnologias climáticas é reduzir os custos e ser capaz de expandi-las a um nível gigantesco”, disse Gates. “Você nunca vai conseguir essa escala a menos que o governo apareça com as políticas certas, e a política certa é exatamente o que está no projeto de infraestrutura”, avalia o bilionário.
Embora o projeto de infraestrutura tenha sido aprovado no Senado dos Estados Unidos nesta semana com amplo apoio bipartidário, a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, disse que não votará o projeto a menos que o Senado também avance com o pacote orçamentário de US$ 3,5 trilhões. Os senadores fizeram progressos nessa frente antes do recesso parlamentar iniciado nesta semana, mas o texto encontra resistência em ambos os partidos em função do valor.
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