O Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 1,584 bilhão em julho, interrompendo três meses de resultados superavitários, num dado influenciado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos para fora, divulgou o Banco Central hoje (25).
Com isso, o déficit em transações correntes em 12 meses passou a 1,30% do PIB, frente a 1,26% no acumulado até junho.
O resultado de julho veio pior que a expectativa de analistas em pesquisa Reuters, de um déficit de US$ 650 milhões, ficando também mais alto que o déficit de US$ 646 milhões obtido em julho do ano passado. Já os IDPs (investimentos diretos no país) somaram US$ 6,103 bilhões no mês, acima da projeção de analistas de US$ 4,45 bilhões.
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Para agosto, o BC previu superávit em transações correntes de US$ 1,1 bilhão e IDP de US$ 5,8 bilhões.
No acumulado de janeiro a julho, o déficit das transações correntes é de 8,320 bilhões de dólares, abaixo dos US$ 13,907 bilhões de igual etapa de 2020. Para o consolidado do ano, a expectativa do BC é de um resultado superavitário em US$ 3 bilhões.
DETALHAMENTO
Em julho, o rombo na conta de renda primária subiu 26,3% sobre igual período de 2020, a US$ 6,769 bilhões. A alta foi influenciada principalmente pelo avanço das despesas líquidas de lucros e dividendos, que são associadas aos investimentos direto e em carteira e que somaram US$ 3,125 bilhões, frente a US$ 1,702 bilhão um ano antes.
Enquanto isso, o superávit da balança comercial caiu ligeiramente a US$ 6,271 bilhões, contra US$ 6,537 bilhões em julho do ano passado. Já o déficit na conta de serviços caiu 34,0%, a US$ 1,338 bilhão.
Dentro dessa linha, as despesas líquidas com viagens internacionais subiram a 229 milhões de dólares, contra apenas US$ 127 milhões em julho de 2020. Por outro lado, as despesas líquidas de aluguel de equipamentos sofreram queda de 48,4% na mesma base de comparação, a US$ 609 milhões, afetadas, segundo o BC, pela nacionalização de equipamentos no âmbito do Repetro. (com Reuters)
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