Perdas com roubos, hacks e fraudes em finanças descentralizadas, ou “DeFi“, segmento no setor de criptomoedas, atingiram um recorde nos primeiros sete meses do ano, mostrou uma pesquisa da empresa CipherTrace divulgada hoje (10).
Os aplicativos DeFi, muitos executados no blockchain Ethereum, são plataformas financeiras que permitem empréstimos denominados em criptomoedas e realizados fora dos bancos tradicionais. O setor DeFi registrou perdas recordes de US$ 474 milhões entre janeiro a julho.
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“Não deveria ser uma surpresa que, à medida que o ecossistema DeFi se expande, o mesmo ocorre com os crimes”, disse Dave Jevans, presidente da CipherTrace.
O valor bloqueado – o total de empréstimos nas plataformas DeFi – era de US$ 80,4 bilhões ontem (9), abaixo dos US$ 86 bilhões em meados de maio, mostraram os dados, mais de 600% em relação aos US$ 11 bilhões em outubro do ano passado.
Existem dois tipos de crimes DeFi: o hack de um protocolo DeFi por estranhos, ou um “tapete puxado”, disse a CipherTrace. Um tapete puxado é quando os desenvolvedores abandonam um projeto e fogem com o dinheiro dos investidores.
A maior parte dos crimes DeFi neste ano parecem ter sido conduzidos por hacks, e somaram US$ 361 milhões, ou 76% do total. Os 24% restantes são relacionados aos “tapetes puxados”.
Na sexta-feira passada (6), a SEC anunciou que acusou a financeira Blockchain Credit Partners e dois de seus principais executivos de levantarem US$ 30 milhões por meio de ofertas fraudulentas. O caso marcou o primeiro envolvimento da SEC no segmento DeFi.
Apesar da alta nos crimes DeFi, as perdas com o crime no mercado geral de criptomoedas caíram drasticamente para US$ 681 milhões no fim de julho, ante US$ 1,9 bilhão em todo o ano de 2020 e US$ 4,5 bilhões em 2019.
A queda refletiu a maturidade crescente do setor e a melhor infraestrutura de segurança, segundo a pesquisa. (Com Reuters)
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