O Ibovespa opera em queda na abertura do pregão de hoje (26), perdendo 0,52%, a 120.188 pontos perto das 10h14, horário de Brasília. O mercado digere hoje uma bateria de dados econômicos, como o PIB dos Estados Unidos e números do mercado de trabalho aqui e no exterior. No radar dos investidores está ainda o simpósio do Federal Reserve e a crise hídrica brasileira.
Segundo o relatório Caged, do Ministério da Economia o Brasil abriu 316.580 postos de trabalho no mês de julho, número acima das estimativas de analistas, que previam 300 mil novas vagas no período.
Em Brasília, o governo segue debatendo soluções para a crise hídrica no país, e as expectativas se voltam para amanhã (27), quando a Aneel divulga a bandeira tarifária de setembro. Estima-se que o atual “nível 2” da tarifa deixe de ser R$ 9,49/100 kWh, para algo em torno de R$ 15 a R$ 20 no próximo mês.
A PEC dos Precatórios começou a tramitar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados e a votação está prevista para a próxima semana. A reforma tributária, por sua vez, segue sem uma perspectiva de acordo.
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O dólar avança frente ao real com operadores digerindo os números da economia dos EUA em meio à espera do simpósio de Jackson Hole. Às 10h14, a moeda era negociada em alta de 0,53%, a R$ 5,2389.
Os futuros dos índices dos EUA apontam para abertura XX, com investidores reagindo aos dados do PIB (Produto Interno Bruto) e do mercado de trabalho. O Departamento do Comércio norte-americano registrou aumento de 6,6% no PIB do país no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores. O mercado esperava alta de 6,7%, segundo dados da Refinitiv.
De acordo o Departamento do Trabalho, os EUA registraram 353 mil pedidos de auxílio-desemprego na última semana, acima dos 350 mil esperados pelo mercado e dos 349 mil registrados no período anterior. Paula Zogbi, analista de investimentos da Rico, explica que os números do mercado de trabalho têm sido fundamentais para os rumos da política monetária norte-americana. “Empregos fracos sinalizam necessidade de estímulos e vice-versa”, avalia.
O mercado norte-americano também segue atento ao simpósio do Fed em Jackson Hole, que acontece nesta quinta-feira, no qual os legisladores podem detalhar seus planos para reduzir o programa de compra de títulos de US$ 120 bilhões por mês do banco central norte-americano. Amanhã (27), o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um discurso trazendo os principais pontos discutidos na reunião.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, conta que os investidores mercado seguem divididos sobre o discurso de Powell, “o mercado se divide entre uma recuperação econômica que segue em curso, porém dentro de uma acomodação; a inflação elevada, que contribui para o início da normalização da política monetária; e a variante Delta do coronavírus, que está ameaçando o risco de recuperação”.
As ações europeias operam em queda nesta quinta-feira, acompanhando os desdobramentos da política monetária nos EUA. O Stoxx 600 cai 0,36%; o CAC 40 desvaloriza 0,28% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 0,51%; e no Reino Unido, o FTSE 100 tem queda de 0,30%.
Na Alemanha, o DAX recua 0,54%, após o índice de confiança do consumidor da GfK, relativo a setembro, cair para -1,2 pontos de uma revisão de -0,4 pontos em agosto, aquém da previsão de -0,7 da Reuters.
Os mercados asiáticos fecharam o dia sem direção definida, mas com quedas na China e em Hong Kong. O índice Shanghai, da China, caiu 1,09% no dia; o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,08%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 0,01%; enquanto no Japão, o índice Nikkei ganhou 0,06%.
No mercado de commodities, os preços do minério de ferro avançaram nesta quinta-feira, impulsionados por expectativas de uma retomada na demanda por aço na China e por uma melhora nas margens da siderurgia. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em janeiro, fechou em alta de 0,7%, a 816 iuanes (US$ 125,89) por tonelada. Na bolsa de Singapura, o contrato mais ativo da matéria-prima siderúrgica, para outubro, avançava 2,7%, a US$ 152 por tonelada.
Enquanto isso, o petróleo opera em queda em meio às renovadas preocupações sobre a recuperação da demanda, já que mais restrições são impostas para conter as infecções por Covid-19. Por volta das 9h55, o Brent operava em baixa de 0,83%, para US$ 70,69 o barril, já o WTI recuava 0,98%, para US$ 67,69 o barril. (com Reuters)
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