O Ibovespa fechou hoje (24) em alta de 2,33%, a 120.210 pontos, recuperando grande parte das perdas da última semana graças ao avanço dos preços das commodities, que tiveram um dia de alta com a melhora das perspectivas para a retomada econômica mundial. A valorização do minério de ferro e do petróleo fez subir as ações da Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5), que registraram fortes ganhos na sessão, assim como as da Petrobras (PETR 3 e PETR4).
O maior avanço do pregão foi registrado pelos papéis da Cyrela (CYRE3), que cresceram 12,33% impulsionados por uma alta generalizada do setor da construção civil. No último trimestre, o lucro líquido da companhia subiu 293% no comparativo anual, para R$ 267 milhões.
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O dia também foi positivo para Wall Street. O S&P 500 avançou 0,15% e registrou a 50ª máxima recorde de fechamento no ano, a 4.486 pontos. O Dow Jones teve alta de 0,09%, a 35.366 pontos, e o Nasdaq cresceu 0,52%, chegando a novo recorde de 15.019 pontos.
A aprovação total da vacina Pfizer-BioNTech concedida pelas autoridades sanitárias dos EUA segue impulsionando os mercados norte-americanos, que estão otimistas com o cenário pós-pandemia. Ações de operadoras de cruzeiro e cassinos registraram alta diante da perspectiva de aumento das taxas de vacinação e volta das viagens de lazer.
Na visão do diretor de investimentos da Kilima Asset, Eduardo Levy, o cenário global mais confiante, principalmente nos mercados desenvolvidos, deu suporte ao avanço do Ibovespa, além do clima mais calmo no mercado brasileiro.
“Foi um dia de relativa calma, principalmente depois dos dias mais voláteis pelos quais a gente passou e o estresse causado no dólar e na curva de juros”, observou.
O gestor da Galapagos Capital, Ubirajara Silva, chamou a atenção para o comportamento de estrangeiros na Bolsa paulista, com o saldo no segmento Bovespa positivo em R$ 7,548 bilhões em agosto até o dia 20, apesar de o Ibovespa acumular até a véspera queda de 3,55% no mês.
“Mesmo com a realização no mercado neste mês, o investidor estrangeiro está comprando”, afirmou, destacando que é importante acompanhar esse fluxo.
O dólar fechou em baixa de 2,20%, a R$ 5,2616 na venda, a maior desvalorização diária desde 10 de março (-2,39%). O real se beneficiou da combinação de commodities em alta, realização de lucros e alívio nos temores fiscais domésticos.
Em evento da XP voltado para investidores, o presidente da Câmara, Arthur Lira, descartou que o Congresso vá aprovar medidas que vão contra a responsabilidade fiscal ou calote no caso dos precatórios – ele garantiu que o problema será solucionado dentro do teto de gastos. O deputado também assegurou que nunca ouviu da equipe econômica qualquer proposta para retirada do pagamento dos precatórios do teto de gastos.
“A fala do presidente da Câmara trouxe alguma resposta para essa incerteza que o mercado tem demonstrado sobre o fiscal”, disse Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba. “O investidor começa a ganhar confiança de novo no mercado brasileiro, desmontando posições a favor do dólar.”. (Com Reuters)
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