O Ibovespa fechou hoje (5) com queda de 0,14%, a 121.632 pontos, no primeiro dia de pregão após o aumento da taxa Selic para 5,25% ao ano. As perdas do índice na sessão foram amenizadas pela disparada das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que subiram 9,63% e 7,88% após a companhia revelar forte lucro no segundo trimestre e antecipar a distribuição de dividendos.
Em Brasília, os investidores acompanham com cautela os planos do governo para aumentar o orçamento de programas sociais e parcelar os precatórios, propostas que podem colocar em risco o cumprimento do teto de gastos.
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Os principais índices norte-americanos fecharam o dia em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq atingindo novas máximas históricas de 4.429 e 14.895 pontos, após subirem 0,60% e 0,78%, respectivamente. O Dow Jones avançou 0,78%, a 35.064 pontos. Dados divulgados hoje sobre os novos pedidos de seguro desemprego mostraram que o total de solicitações caiu a 14 mil, para um número com ajuste sazonal de 385 mil na semana encerrada em 31 de julho, segundo o Departamento do Trabalho.
As demissões caíram para o patamar mais baixo em mais de 21 anos em julho, com as empresas mantendo seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra. Esses resultados indicam que o mercado de trabalho e a economia dos EUA, como um todo, caminham para a recuperação pós-pandemia.
O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,2135, alta de 0,57%, apesar do aumento no diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos causado pelo reajuste da Selic. A moeda brasileira saiu do melhor desempenho global na sessão para figurar entre os piores, reagindo aos temores quanto à política fiscal do governo federal.
Apesar dos ruídos políticos, alguns gestores ainda veem espaço para ganhos do real, mas contra outras moedas que não o dólar, pelo ganho de vantagem da moeda brasileira em termos de retorno de taxa de juros, na esteira dos aumentos da Selic.
Sérgio Zanini, sócio-gestor da Galapagos Capital, prefere evitar um confronto direto com o dólar pela incerteza sobre o que vem da política monetária norte-americana. “Sexta-feira tem ‘payroll’, e a gente acha que esse dado vai ser super importante para a trajetória do dólar nas próximas semanas”, disse, em referência aos números de emprego da economia dos EUA que serão divulgados amanhã (6).
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