A forte recuperação no volume de novos negócios levou a produção de serviços do Brasil à maior expansão desde o início de 2013, com o setor mantendo trajetória de crescimento em julho, de acordo com a pesquisa do PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês).
Segundo dados divulgados hoje (4) pela IHS Markit, o PMI de serviços subiu a 54,4 em julho, de 53,9 em junho, segundo aumento seguido na produção e o mais rápido em oito anos e meio. Leitura acima de 50 indica expansão.
Os participantes da pesquisa informaram que a recuperação se deveu à conquista de novos clientes, ao fortalecimento da demanda e à suspensão de algumas restrições locais.
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“Alguns dos obstáculos da Covid-19 enfrentados pelos prestadores de serviços diminuíram em julho, com as condições da demanda melhorando devido à diminuição das restrições locais e a maior acesso à vacina”, explicou em nota Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da IHS Markit.
A entrada de novos negócios aumentou pelo terceiro mês consecutivo em julho e no ritmo mais rápido desde o início de 2020, com as empresas citando esforços de marketing, aumento da vacinação e redução das restrições adotadas devido à pandemia.
De acordo com a IHS Markit, as cinco grandes áreas do setor serviços tiveram aumento de novos negócios e do índice de produção, com destaque em ambos os casos para Informação e Comunicação.
Ao mesmo tempo, os novos negócios para exportação tiveram aumento recorde no mês, com a demanda internacional apresentando melhora por três meses seguidos.
Com a demanda maior, as empresas contrataram pessoal adicional, e a alta do subíndice de emprego foi a mais rápida em mais de 11 anos. Foram citadas ainda como motivos as projeções otimistas de crescimento e a substituição de funcionários dispensados no início do ano.
Isso porque os fornecedores de serviços acreditam que a atividade de negócios vai crescer conforme a vacinação aumentar e a pandemia diminuir. O grau geral de otimismo em relação ao horizonte de 12 meses foi o segundo mais forte em sete meses, atrás de junho. Ainda assim, permaneceu abaixo da média da série.
Por outro lado, a escassez de materiais e flutuações cambiais desfavoráveis levaram os custos de insumos a aumentar novamente em julho, porém com a taxa geral de inflação recuando para o menor patamar em cinco meses.
Os entrevistados citaram custos mais elevados com alimentos, combustível, EPI (equipamentos de proteção individual), quadros de pessoal e serviços públicos. Assim, o índice de preços cobrados aumentou pelo nono mês consecutivo em julho, mas a um ritmo mais lento do que em junho.
Com o PMI da indústria brasileira mostrando que o crescimento do setor chegou ao maior nível em cinco meses, o PMI Composto do Brasil aumentou a 55,2 em julho, de 54,6 em junho, na taxa de expansão mais forte em nove meses. (com Reuters)
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