O Senado dos Estados Unidos aprovou um plano de US$ 3,5 trilhões de gastos para as principais prioridades do presidente Joe Biden na manhã de hoje (11) com um placar de 50 a 49, que espelhou os alinhamentos partidários, após os parlamentares discutirem sobre a necessidade de grandes desembolsos para combater a mudança climática e a pobreza.
Depois de meses de negociações, o Senado aprovou ontem (10) um projeto de lei de infraestrutura de US$ 1 trilhão em uma votação bipartidária de 69 a 30, propondo fazer o maior investimento nacional em décadas em estradas, pontes, aeroportos e rotas marítimas – mas a medida tem futuro incerto na Câmara dos Deputados.
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Em seguida, os senadores democratas se voltaram a uma resolução orçamentária com instruções de gastos para o pacote de acompanhamento trilionário, que inclui cláusulas para criar pré-escolas universais, moradias acessíveis e tecnologias ecológicas.
Os projetos de lei são prioritários para Biden, que tenta sancionar mudanças abrangentes enquanto os democratas detêm maiorias pequenas nas duas Casas do Congresso, onde temem perder o controle legislativo nas eleições de 2022.
Os governistas planejam obter a aprovação do pacote nos próximos meses usando um processo chamado de “reconciliação orçamentária” que lhes permite aprovar legislações em uma votação com maioria simples.
Também na terça-feira, o Senado iniciou um procedimento que deu aos senadores a oportunidade de propor emendas à resolução orçamentária não-vinculante, e que continuou nesta manhã. O debate pode durar dias, a menos que líderes partidários concordem com um período mais curto.
No processo, senadores votaram em quase 50 emendas, incluindo aquelas que teriam evitado aumentos de impostos para pessoas que ganham menos de US$ 400 mil por ano e que barram dinheiro do contribuinte para abortos – estas duas votações foram aprovadas pela Câmara.
Os republicanos se queixaram do plano de US$ 3,5 trilhões de gastos. O líder do partido no Senado, Mitch McConnell, que votou a favor do projeto de lei de infraestrutura de US$ 1 trilhão, classificou a proposta mais abrangente de “radical”.
Dezenas de senadores republicanos também assinaram um compromisso de não votar para elevar a capacidade de empréstimo da nação quando ela se esgotar, no outono, na tentativa de limitar os planos de gastos dos democratas.
Não aumentar ou suspender o limite de dívida estatutário, hoje em US$ 28,5 trilhões, poderia causar uma paralisação do governo federal ou um calote da dívida. (com Reuters)
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