Estudo do Institute for Business, da IBM, realizado com cerca de três mil CEOs em todo o mundo e divulgado no começo deste ano, confirmou que a pandemia trouxe um movimento de quebra de paradigmas e de reorganização de prioridades dentro de empresas. Na esteira desse movimento, o 8º Fórum de Liberdade e Democracia, do IFL-SP (Instituto de Formação de Líderes de São Paulo), que ocorrerá na sexta-feira (17), busca refletir sobre o “novo líder”.
“O nosso mundo mudou e mudará cada vez mais rápido, o que torna proporcionalmente importante discutir quem e como serão os nossos novos líderes”, disse a diretora do instituto, Larissa Bomfim, em comunicado. Nesse sentido, uma das características que o instituto considera essencial ao novo líder é a inteligência emocional.
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“Nós acreditamos em uma liderança servidora, ou seja, em um líder que está junto do seu time, que pergunta se está tudo bem e como ele pode ajudar. Uma pessoa que consegue ter empatia pelo outro, que é vulnerável quando precisa ser vulnerável, e que busca conhecimento e autoconhecimento”, afirma Mariana Nascimento, diretora de comunicação do IFL-SP.
O psicólogo e autor do livro “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman, será o palestrante principal do evento. Ele é considerado um dos dez pensadores de negócios mais influentes da atualidade pelo “The Wall Street Journal”. No livro, a abertura é ilustrada com uma frase de Aristóteles que serve de alerta a muitos líderes: “Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa, não é fácil.”
Assim, o autor irá abordar como a inteligência emocional pode não apenas impactar positivamente a saúde mental dos trabalhadores, como otimizar a produtividade de uma empresa.
O fundador e CEO do Nubank, David Vélez, a CEO da WeWork na América Latina, Claudia Woods, e os ex-presidentes do Brasil e da Colômbia, Michel Temer e Álvaro Uribe, respectivamente, também integram a lista de palestrantes. As experiências profissionais e a importância de prestar atenção na política serão temas de discussão.
A ideia de que um líder precisa ser uma pessoa bem versada é cultivada pelo IFL-SP durante o seu curso de formação: “Quando a pessoa entra no instituto, ela tem que ler uma série de livros e fazer uma série de resenhas sobre economia, política e história. A intenção é fazer com que aquela pessoa tenha profundidade no que está falando”, diz Nascimento, que além de ser diretora de comunicação do instituto, passou pelo curso de formação, é advogada e trabalha no Divibank, fintech de financiamento de campanhas de mídia e marketing digital.
“O instituto faz você aprender algumas habilidades que talvez demorasse anos para adquirir no mercado de trabalho. Eu ainda tenho muito a aprender, mas aqui tive acesso a conteúdos que eu não vi na faculdade, e aprendi a me comunicar melhor”, conta. “E um bom líder conversa, dialoga. Isso é uma característica muito importante.”
Nesse sentido, o instituto também vem buscando desconstruir a ideia que tem de seu público-alvo, a fim de abarcar cada vez mais pessoas: “Existe liderança em todas as áreas. Você tem que ser líder da sua trajetória. Designers, arquitetos, advogados, redatores, todas essas pessoas podem se beneficiar de um painel sobre liderança e inteligência emocional, desde que sejam interessadas em transformação.” Além dos painéis, o evento contará com workshops e masterclasses.
O IFL-SP foi criado em 2007 e desde 2014 organiza fóruns anuais para explorar temas relevantes aos líderes do país. Por conta das restrições acarretadas pela Covid-19, o evento será realizado de maneira híbrida, com capacidade para aproximadamente 200 pessoas na Casa Petra, em São Paulo, e de maneira irrestrita na versão online.
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